Bia Ferreira era considerada favorita à medalha de ouro, mas bateu na trave. A baiana, natural de Salvador, que é campeã sul-americana (2018), pan-americana (2019) e mundial (2019), é a atual número 1 do ranking da Associação Internacional de Boxe Amador (AIBA).
“Eu saí do Brasil com a meta de conseguir a mãe de todas, de conseguir estar no pódio. Eu consegui, queria mudar de cor, mas não consegui, mas vou continuar trabalhando para que ela mude. Estou muito feliz de estar aqui, muito feliz de ter representado meu país”, afirmou Bia, em entrevista à TV Globo.
Na madrugada deste domingo (tarde no Japão), a brasileira começou a luta final melhor que a irlandesa. Agressiva, bem ao seu estilo, Bia Ferreira venceu o primeiro assalto por 3 a 2 após conectar bons golpes e até sofrer outros.
A irlandesa voltou melhor para o segundo round e, por 5 a 0, venceu. No terceiro e decisivo assalto, a luta foi igual.
Bia Ferreira e Harrington trocaram golpes, até com a brasileira mais agressiva e com a irlandesa buscando o clinch em certos momentos. Contudo, os juízes entenderam que a europeia foi melhor e deram, por decisão unânime (29 a 28 para três jurados e 30 a 27 para dois), vitória à pugilista de 31 anos.
O pódio foi completo por Potknonen e pela tailandesa Sudaporn Tha Seesondee. A pugilista da Tailândia foi batida pela campeã olímpica e medalhista de ouro Harrington na semifinal.
Futuro
Beatriz Ferreira deve seguir sua brilhante trajetória no boxe amador e, aos 28 anos, tem tudo para chegar bem a Paris. Campeã de quase tudo relacionado ao boxe internacional - falta uma Olimpíada - e mesmo contente com a medalha de prata, a soteropolitana afirmou após a luta que vai “vender caro” o resultado obtido em Tóquio na próxima edição dos Jogos Olímpicos.
“Claro que o objetivo era conseguir o ouro, mas o ouro não veio. Estou muito contente com isso aqui, é muito trabalho. Eu sou medalhista olímpica, é para poucos, e é isso. O trabalho continua, não vou parar por aqui não. Vou vender caro”, completou a pugilista, também à Globo.