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Lisca assume culpa por ataque 'inofensivo' do América e sinaliza mudanças

Incomodado com jejum de gols, técnico pensa em modificações

06/06/2021 19:27 / atualizado em 06/06/2021 20:25
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Lisca contrariado: técnico assume responsabilidade pelo jejum de gols e fala em mudanças
foto: Mourão Panda/América

Lisca contrariado: técnico assume responsabilidade pelo jejum de gols e fala em mudanças


Depois de o América passar em branco pelo quinto jogo consecutivo, dessa vez na derrota para o Corinthians, por 1 a 0, neste domingo, no Independência, pelo Brasileirão, o técnico Lisca assumiu a responsabilidade pela pouca produção ofensiva. Incomodado com a situação, já que o Coelho sofreu o segundo revés na Série A e ainda terá confronto decisivo na Copa do Brasil, ele sinalizou com mudanças no setor. 



O América não consegue balançar as redes desde a vitória sobre o Cruzeiro, por 3 a 1, no Independência, pelas semifinais do Campeonato Mineiro, no dia 9 de maio. Foi ainda o último triunfo do Coelho, que acumula cinco partidas seguidas sem marcar gols e também sem ganhar: dois empates em 0 a 0 com o Atlético, que custaram o título estadual, igualdade em branco diante do Criciúma, em casa, pela Copa do Brasil, e derrotas para Athletico e Corinthiains, ambas por 1 a 0, pelo Brasileirão. 

Na coletiva depois do revés para o Corinthians, Lisca assumiu a responsabilidade pela falta de gols. "A responsabilidade é do treinador, quando o time não consegue jogar e você tenta uma peça, tenta outra...Obviamente, é uma situação que ainda não consegui resolver, venho tentando, estudando, trabalhando, mas não tenho conseguido, dentro daquilo que temos pensado e treinado. Infelizmente, para buscar os gols eu não tenho conseguido achar uma solução", declarou.

Ele praticamente antecipou que haverá mudanças para os próximos compromissos. Na quarta-feira que vem, dia 9, o Coelho vai a Santa Catarina para o duelo decisivo contra o Criciúma, precisando vencer para avançar às oitavas de final. Em seguida, o time mineiro enfrentará o Flamengo, domingo (13), no Maracanã, pelo Brasileiro. 

 

"É uma situação que vai acabar acontecendo, até pela falta de efetividade, já que a gente realmente não consegue fazer gols. Nosso ataque, entre os que disputam a Série A, estava posicionado em 16º e a defesa como a segunda melhor. isso tem sido uma tônica nossa desde o ano passado, na Série B tivemos algumas dificuldades quanto a isso. Mas a gente conseguiu compensar com consistência, ganhando jogos por 1 a 0, no detalhe, coisa que este ano, da final do Mineiro para cá, ainda não conseguimos achar soluções", avaliou. 

"Obviamente, isso passa por buscar novas situações táticas, com novos nomes, para tentar uma situação diferente. É o que vamos tentar fazer mas sempre assumindo as responsabilidades. Se os jogadores não estão conseguindo, não é por falta de tentativa ou vontade, entrega. Muitas vezes temos um limite e esbarramos nele", acrescentou o comandante. 

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Mexidas aprovadas


Na derrota para o Corinthians, Lisca admitiu que o time deixou a desejar, especialmente no primeiro tempo, quando foi vazado com gol de pênalti do lateral-esquerdo Fábio Santos. Na etapa final, o treinador mexeu cinco vezes, trocou os laterais e pôs mais atacantes. Segundo ele, o Coelho melhorou a força ofensiva, ainda que não tenha conseguido balançar as redes e ao menos empatar.

"Tem sido uma tônica nesses últimos cinco jogos. São cinco jogos de 90min, ou 450 minutos que a gente não consegue fazer gol. Eles vieram com o bloco bem baixo, com três volantes e mais o Araos. Vieram se protegendo bastante e não agrediram quase nada. Tiveram um pênalti bem marcado em uma jogada individual do (Gustavo) Mosquito e fizeram a vantagem na qualidade da batida do Fábio (Santos). Depois, sustentaram o jogo todo e não tivemos competência para furar esse sistema defensivo que o Corinthians armou", observou.

"Tentamos algumas alternativas no segundo tempo, o pessoal entrou bem, tentamos ter um pouco mais de força pelas beiradas, mais construção e inteligência por dentro, com Gustavinho e Bruno (Nazário), e o Ribamar como referência. E funcionou, tivemos até um gol, que por um detalhe não valeu, pois estava impedido, e tivemos conclusões. Então, se fica algo de positivo é a entrada desses jogadores, que estão chegando ao clube e pedindo espaço. Obviamente, para a próxima partida, preciso tomar providências para mudanças na equipe, para a gente tentar solucionar esse problema, porque se não fizermos gol não vamos ganhar, passar adiante na Copa do Brasil e nem pontuar no Brasileiro", comentou.

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