2

América 0x0 Atlético-GO: Marquinhos vê mérito do rival e explica alterações

Treinador do Coelho disse ter visto equipe mineira com maior protagonismo, buscando o gol 'desde o primeiro minuto'; resultado manteve o time na 9ª colocação

17/11/2021 22:30 / atualizado em 17/11/2021 23:07
compartilhe
Marquinhos Santos viu mérito do rival e explicou alterações em América 0x0 Atlético-GO
foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Marquinhos Santos viu mérito do rival e explicou alterações em América 0x0 Atlético-GO


O técnico Marquinhos Santos, do América, viu mérito do Atlético-GO no empate em 0 a 0 entre as duas equipes nesta quarta-feira (17), no Independência, em Belo Horizonte. Ele também explicou as alterações que promoveu no segundo tempo para tentar transpor o bloco defensivo do Dragão.
 
 

Em entrevista coletiva concedida após o apito final, Marquinhos fez uma análise completa da partida. Ele enfatizou a postura protagonista do Coelho, que criou as melhores oportunidades, teve mais posse de bola e se fez mais presente no campo de ataque. O treinador também apontou méritos na estratégia do Atlético-GO que, em suas próprias palavras, 'soube se fechar e respeitar a equipe do América'.

"Conhecendo a equipe do Atlético-GO e sabendo do que o Marcelo Cabo (técnico) gosta, do modelo de jogo, nós sabíamos que teríamos uma certa dificuldade sim - até em função daquilo que o América vem apresentando, em especial nos últimos cinco jogos. Então, teríamos dificuldades nessa sequência de jogos. Sabíamos também que o desgaste poderia influenciar, mas o time teve um comportamento, em especial no segundo tempo, de jogar em cima do adversário, buscar o gol. Mas hoje nós poderíamos, talvez, jogar mais um tempo ou um jogo inteiro que, talvez, não conseguíssemos fazer o gol. Tem partidas que são assim e, por aquilo que foi proposto pelo Atlético-GO, nós tivemos muita dificuldade de achar uma oportunidade de gol", afirmou.

 

 


"Nós tivemos jogadas pelo corredor central, onde finalizamos a gol. Tivemos jogada pelos corredores laterais, buscando profundidade, amplitude e cruzamentos. Aí também é mérito do outro lado, né? Mérito do Atlético-GO, que soube se fechar, soube respeitar a equipe do América e jogar por uma bola. Em especial, num jogo de transição - que tornou-se perigoso até, em certo momento do segundo tempo. Esse jogo ficou mais favorável para o jogo de transição do Atlético-GO do que o nosso, em posse e profundidade. Nós tínhamos, em casa, que tentar furar esse bloqueio e colocamos o time à frente. Mas é mérito também do outro lado, que é um time de muita força. Uma equipe que também joga com um poder ofensivo, de jogo de transição muito efetivo pelos lados do campo. Nós conseguimos anular de certa forma e, mesmo assim, continuamos atacando o tempo inteiro o Atlético, buscando a vitória desde o primeiro minuto", avaliou Marquinhos.
 

América 0 x 0 Atlético-GO: fotos do jogo no Independência

 

Desgaste e substituições


No intervalo, Marquinhos Santos promoveu a entrada do atacante Ribamar na vaga de Alê. O técnico justificou sua escolha: 'Disputar esse jogo aéreo e levar vantagem em relação aos dois zagueiros'.

"Em relação a essa sequência, sentimos o Alê desgastado. Até para que pudesse preservar, pensando nesses últimos cinco jogos. Nós precisávamos ter uma referência mais fixa, mais presente na área. Em função disso, a gente fez a entrada do Ribamar no intervalo e o Zárate fez esse segundo homem, segundo atacante, flutuando entrelinhas, mas eles trabalharam com as linhas muito próximas. Tivemos dificuldade. A intenção era para que tivéssemos o jogo de amplitude e cruzamentos à área com a presença do Ribamar", explicou.
 
 

"A entrada do Ribamar, pelas características dele e por aquilo que apresentava o jogo - com dois zagueiros do Atlético-GO muito bons na bola aérea e nós perdemos os duelos no primeiro tempo -, entendi que se fazia necessária a presença de um atacante com essas características. No elenco, o Ribamar tem essas características. Então, era justamente para que pudéssemos disputar esse tipo de jogo aéreo e levar vantagem em relação aos dois zagueiros", completou.

Também na segunda etapa, Marquinhos Santos promoveu as entradas de Juninho Valoura e Rodolfo. Já na reta final do confronto, Anderson e Marcelo Toscano receberam oportunidades. O treinador explicou os motivos de todas essas opções.
 

Fotos da torcida do América no jogo contra o Atlético-GO

 

"A entrada do Valoura foi para que pudéssemos ter a finalização de média distância e também, uma vez que o Zárate também acusou cansaço, a bola parada - com a presença do Ribamar. O Toscano no finalzinho, assim como o Ribamar, entrou para duelar nesse jogo dentro da área. O Patric também acusou cansaço e a intenção de colocar o Anderson foi para que pudéssemos liberar o Marlon mais próximo do Rodolfo. O Rodolfo - uma vez que o Azevedo cumpriu muito bem taticamente a função, com o desgaste físico do Dudu (lateral-direito do Atlético-GO) - entrou para atacar aquele espaço. Mérito também do Marcelo Cabo que, ao observar isso (duelos vencidos pelo Rodolfo), tirou o Dudu e colocou o Arnaldo. Um 'joguinho de xadrez', em que as peças foram mexidas, mas hoje o tabuleiro desse xadrez não quis comemorar a vitória. Faz parte. Futebol é desse jeito. Temos que trabalhar mais, manter o que está sendo feito, para somar o maior número de pontos possíveis e, daí sim, uma vez concretizada a permanência, buscar os objetivos maiores na competição", finalizou.

O próximo compromisso do América no Brasileirão será no Maracanã, no Rio de Janeiro. Às 17h do domingo (21), o Coelho enfrentará o Fluminense, concorrente direto por uma vaga na Libertadores, em jogo válido pela 34ª rodada.

Compartilhe