Inesquecível: colegas de TV e da imprensa se despedem de Jair Bala

Colegas do programa de imprensa e do programa Alterosa Esporte, da TV Alterosa, lamentaram muito a morte de Jair Bala nesta terça-feira (27), em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), em Belo Horizonte.

Jair integrava a Bancada Democrática do AE desde os anos 2000 e era representante do América, clube pelo qual foi jogador e treinador. O comentarista é apontado como maior ídolo da história do Coelho.

Apresentador do Alterosa Esporte, Leopoldo Siqueira lembrou as lições deixadas por Jair. 

"Mestre é como chamamos o Jair Bala. Irreverente, autêntico, engraçado...  Chamava os adversários petulantes de "Vabagundos", e ninguém protestava. Profundo conhecedor do futebol. Afinal, esteve nas quatro linhas e jogou com Pelè, e foi campeão brasileiro. E é inesquecível. Aprendi com Jair Bala e olhar futebol, a ser rápido no raciocínio, e a olhar direito para as pessoas", disse.

Também apresentadora do AE, Isabel Guimarães destacou a alegria do colega com quem dividiu os estúdios tantas vezes e muitas reportagens de rua. "O Jair era uma das maiores alegrias do Alterosa Esporte. Profissional, amigo e irreverente. Não só trabalhava conosco. Ele cuidava da gente, se preocupava com nossas questões pessoais e nos enchia de carinho".



O americano Otávio di Toledo, titular da Bancada e companheiro de Jair Bala no programa Allterosa Esporte por mais de dez anos, fez um depoimento em homenagem ao amigo.

Companheiro de bancada, o cruzeirense Hugão ficou emocionado ao saber da morte de Jair: "Obrigado Vovô Bala, pelo carinho com meus filhos, pelo exemplo de vida e por tudo que o senhor fez na minha vida. Te amo mestre".

O atleticano Fael Lima, outro parceiro de bancada de Jair, deixou sua homenagem. "Jair não foi só um colega de trabalho. O Bala se tornou um amigo do dia a dia. Quando não esteve mais na minha rotina, tatuei o rosto do craque para me lembrar dos dias bons. Sentirei falta das longas conversas e conselhos após o programa. Um dia teremos outro tapa na cara, vagabundo. Te amo".

Jaeci Carvalho

Colunista do Estado de Minas, Jaeci Carvalho se mostrou muito abalado com a morte do colega de profissão e ídolo histórico do América.

"Jair Bala representava a verdadeira essência do futebol mineiro. Éramos amigos há 35 anos, pois quando cheguei nas Gerais, em 1985, ele era treinador do América. Numa passagem, eu o entrevistei, pela TV Globo, e disse que o América havia errado uma quantidade absurda de passes. Com seu bom humor e conhecimento, me disse: 'se erramos tantos passes, é porque tivemos mais posse de bola', e sorriu".

"Eu o encontrava e pedia para ele escalar o ataque do Santos. Ele dizia: "Manuel Maria, Coutinho, Eu (Jair Bala), ele (Pelé) e Pepe'. Sim, Jair Bala foi parceiro do Rei do futebol. Meu querido Jair Bala, descanse em paz. O Céu está em festa. Que Deus, na sua infinita bondade, te receba e conforte o coração da sua família", disse Jaeci Carvalho.

Carreira

Natural de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, o ex-atacante deu seus primeiros passos no futebol com a camisa do Estrela do Norte-ES. Passou também por Flamengo - onde ganhou o célebre apelido -, Botafogo, Comercial-SP, Ponte Preta, Cruzeiro, Palmeiras, XV de Piracicaba, Santos, Bahia e Paysandu. Entretanto, foi no Coelho que o centroavante encontrou o melhor momento de sua carreira.

Jair Bala é o maior ídolo da história do América. O ex-atacante defendeu o América em duas passagens - entre 1964 e 1965 e entre 1970 e 1971. Foram 78 gols em 144 jogos com a camisa do Coelho.