O jogador de 26 anos atropelou um casal de professores na Avenida Lúcio Costa, no Recreio, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e fugiu sem prestar socorro.
Alexandre Silva de Lima morreu no momento do atropelamento. Já Maria Cristina José Soares faleceu seis dias depois, após ser levada em estado grave ao Hospital Lourenço Jorge. Ela chegou a ser transferia ao Hospital Vitória para passar por cirurgia, mas não resistiu.
O caso segue na Justiça. Parecer elaborado pelo Grupo de Apoio Técnico Especializado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GATE/MPRJ) confirma laudos oficiais do caso e aponta que Marcinho estava em velocidade acima do permitido e afirma que "não poderia ser descartada de forma categórica" a presença de álcool no corpo do jogador.
Laudo pericial do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) afirma que o Mini Cooper dirigido por Marcinho estava entre 86 Km/h e 110 Km/h em uma via com velocidade máxima de 70 Km/h.
A defesa alega que, apesar das cinco tulipas de chopp consumidas por Marcinho, o teor alcóolico no corpo do jogador era "nulo ou praticamente nulo" - versão contestada pelo laudo do GATE/MPRJ.
Marcinho foi denunciado por duplo homicídio culposo (quando não há intenção de matar), com agravante por ter fugido do local.
"(Se eu pudesse voltar ao dia do acidente) Eu teria ficado. Eu teria parado e socorrido. Essa é a coisa que me persegue, essa é o meu grande erro dessa infelicidade toda pra todos", disse Marcinho, em entrevista à TNT em 2022.
"Eu não imagino a dor que eles sentem até hoje. Se pra mim está sendo complicado, está sendo difícil passar por isso, nem imagino a dor que eles tenham passado", prosseguiu, ao falar sobre as famílias das vítimas.
Marcinho não pode defender clube de fora do Brasil
Por conta do imbróglio judicial, Marcinho não pode deixar o Brasil. Contratado pelo Pafos, do Chipre, em junho de 2022, o lateral não foi liberado pela Justiça para sair do país.
Em fevereiro de 2023, o juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª vara criminal do Rio de Janeiro, negou mais um pedido do jogador para atuar fora do país.
"E eu preciso trabalhar, esse é meu emprego, esse é meu trabalho. Isso tem me atrapalhado bastante e eu espero que isso possa melhorar e que as pessoas compreendam que eu preciso continuar minha vida e não tenho como voltar atrás. Faria muita coisa diferente do que foi feito, mas não posso voltar atrás, infelizmente", disse o jogador.
Com os impedimentos para jogar por clubes de fora do Brasil, o atleta ainda não estreou pelo Pafos e esteve emprestado ao Bahia em 2022.
O contrato com o América também será por empréstimo, até o fim de 2023. O clube mineiro acerta as últimas pendências para anunciá-lo como substituto de Arthur, vendido ao Bayer Leverkusen.
O contrato com o América também será por empréstimo, até o fim de 2023. O clube mineiro acerta as últimas pendências para anunciá-lo como substituto de Arthur, vendido ao Bayer Leverkusen.
Mesmo com a restrição de trabalhar por um clube de fora do país, o América afirmou ao Superesportes que o atleta poderá representar o Coelho em competições sul-americanas.