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FESTA EM BH

Atlético bicampeão: 'Vou direto para o trabalho amanhã. Hoje é só Galo'

Praça Sete é tomada por atleticanos em êxtase após bicampeonato brasileiro ser garantido na noite desta quinta-feira (2/12) com a vitória sobre o Bahia

Paulo Galvão

Warley Christian (primeiro à esquerda) já avisou: "Hoje é só Galo" - Foto: Paulo Galvão/EM/D.A Press A Praça Sete foi tomada por um clima de carnaval fora de época na noite desta quinta-feira (2/12) após a conquista do bicampeonato brasileiro do Atlético. O Galo garantiu a taça antecipada ao bater o Bahia, na Fonte Nova, por 3 a 2 de virada. O triunfo foi longe de BH, mas a cidade está repleta de atleticanos em êxtase. 



 

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"Trabalho na Rua da Bahia e vou direto para o trabalho amanhã cedo. Hoje é só Galo", afirma, sem pudor, Warley Christian, que foi à Praça Sete com o irmão Wesley Rodrigo, o pai Jonas Dias da Silva e os amigos Albert Valério e Eduardo Bessa.

  

Mais à frente, o atleticano Thiago Maia chegou ao Centro com a mulher, Fernanda, as filhas gêmeas Isabella e Sofia e o colega de trabalho João Paulo. Eles também escolheram o encontro das avenidas Afonso Pena e Amazonas para comemorar.

 

"Confiei no trabalho desde o começo e agora é só comemorar, pois esperamos muito por esse título", disse, esperando acompanhar muitos outros títulos com a família. "As meninas já vão crescer campeãs." 

 

"As meninas já vão crescer campeãs", diz, orgulhoso, o pai Thiago Maia - Foto: Paulo Galvão/EM/D.A Press  

 

E como não pode faltar a uma festa de rua de respeito, a fantasia. Luís Felipe Brandão não pôde deixar de exaltar o atacante Hulk na comemoração do bicampeonato. "Estou maluco de tanta alegria!", vibrou. 



 

O atacante Hulk não poderia ficar sem homenagem na festa atleticana - Foto: Paulo Galvão/EM/D.A Press  

 

Festa em preto e branco: Atlético campeão brasileiro

 
A vitória contra o Bahia, em Fonte Nova, sacramentou o bicampeonato brasileiro do Atlético - aguardado há 50 anos, desde 1971, quando o alvinegro conquistou a primeira edição do atual formato da competição. O triunfo no Nordeste levou o Galo aos 81 pontos, com 75% de aproveitamento, e portanto, não pode mais ser alcançado pelo Flamengo, que chega no máximo a 79 pontos. 
Mesmo com a pandemia do novo coronavírus ter impedido a presença constante da torcida, o Galo garantiu o recorde de presentes no Mineirão, desde a reabertura do estádio, em 2013. Isso porque o público foi liberado para os nove últimos compromissos do Atlético disputados em BH, nos quais foi registrada uma média de aproximadamente 40 mil.
 
Na vitória por 2 a 0 sobre o Juventude, três rodadas atrás, os alvinegros alcançaram 61.476 presentes, a maior marca desde a reinauguração do Gigante da Pampulha.
 
A montagem do elenco campeão nacional começou ainda no ano passado. Com Jorge Sampaoli, vieram os primeiros reforços, mas o time bateu na trave, ficando em terceiro lugar e a três pontos do Flamengo, o campeão da principal competição do Brasil.



Nesta temporada, sob a batuta de Cuca, a consagração começou a partir do acréscimo de importantes nomes. Além de Hulk, chegaram o meia argentino Nacho Fernández, o atacante naturalizado espanhol Diego Costa e o zagueiro Nathan Silva, pilar de uma sólida defesa.

O Galo faz temporada de excelência. Na Libertadores, caiu invicto na semifinal, após dois empates com o Palmeiras. Campeão estadual, o alvinegro ainda pode alcançar a Tríplice Coroa. Isso porque disputa, nos dias 12 e 15 de dezembro, a final da Copa do Brasil contra o Athletico-PR.