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Cuca pede equilíbrio nas críticas ao Atlético: 'Não pode fazer catástrofe'

Treinador paranaense reconheceu dificuldades advindas do péssimo momento vivido pelo Galo, mas pediu parcimônia nas críticas por parte da torcida e da imprensa

Cuca durante Atlético 0x1 Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro
foto: Pedro Souza/Atlético

Cuca durante Atlético 0x1 Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro


Em entrevista sincera após a derrota do Atlético para o Palmeiras, nesta quarta-feira (28/9), no Mineirão, em Belo Horizonte, o técnico Cuca pediu equilíbrio nas críticas ao time mineiro. "A gente não pode fazer uma catástrofe disso", avaliou o treinador.
 

Cuca repetiu o discurso adotado nas últimas semanas em toda a Cidade do Galo: jogadores e comissão técnica têm "treinado muito". O treinador paranaense ainda relembrou os títulos conquistados em tempos recentes pelo Atlético para justificar sua tese.

"A gente está treinando muito. Muito. (...) Trabalhamos mentalmente, fizemos o trabalho como poderíamos fazer. Agora, num momento ruim como esse, até vou falar uma coisa que muitos vão falar que é papinho. Vai servir para os jogadores também. Para todos eles: o momento é muito delicado, muito ruim. O torcedor é quem a gente representa, mas a gente não pode fazer uma catástrofe disso, porque daí piora", opinou.
 
 

"Agora virão as críticas, eu sei. Nós somos o atual campeão brasileiro e o atual campeão da Copa do Brasil, além do Mineiro. Se juntar aos dois títulos que o Galo teve esse ano... Nenhum time do Brasil teve, em um ano e meio, cinco títulos. Se teve, eu não me lembro. Então, a gente não pode pôr fogo em Roma e achar que nada presta, que tem que trocar tudo", completou.

Proteção aos jogadores do Atlético, e conselho à diretoria


Cuca também adotou um discurso protetor em relação aos atletas. "Nenhum jogador está contente", garantiu o comandante do Galo.

"Esses caras já provaram que tem a valia deles. Hoje, estão sofrendo. Nenhum jogador está feliz! Nenhum jogador está contente. Outro dia, pegaram um jogador porque saiu. Era 20h30. Estava com a família. Mas a torcida está tão p da vida que foi fazer. Por quê? Porque quer achar um motivo, uma razão", disse.

 

 


Por fim, o treinador paranaense se incluiu junto à diretoria e à alta cúpula em um grupo que precisa de "lições para o futuro". Cuca espera que o Atlético corrija os defeitos que ocorreram em 2022 pensando em 2023.

"Então, para o torcedor eu estou falando isso: é um ano ruim para o Galo, mas já tiveram anos piores. Cabe ao Rodrigo (Caetano, diretor), ao Cuca, ao presidente e aos 4R's saber tirar lições disso para o futuro. Saber o que tem que ser melhorado para o ano que vem, que tem a estreia do estádio, e não fazer uma catástrofe. É isso que a gente tem que fazer. Acabar o ano da melhor forma possível para, daí sim, corrigir os defeitos que tivemos nesse ano - principalmente, a partir do segundo semestre", opinou.

O Atlético é o 7° colocado do Campeonato Brasileiro, com 40 pontos, e briga por uma vaga na Copa Libertadores. O próximo compromisso alvinegro é contra o Fluminense, pela 29ª rodada, novamente no Gigante da Pampulha. A partida ocorrerá às 15h do sábado (1/10).

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