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Vargas iguala Nacho como 5° maior artilheiro estrangeiro do Atlético

Chileno marcou duas vezes e garantiu empate do Galo com o São Paulo, por 2 a 2, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro

02/11/2022 07:00
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Vargas não marcava há seis meses com a camisa do Atlético
foto: Pedro Souza/Atlético

Vargas não marcava há seis meses com a camisa do Atlético

 
Eduardo Vargas ficou seis meses sem marcar com a camisa do Atlético. O atacante quebrou o jejum no empate do Galo com o São Paulo, por 2 a 2, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. Autor dos dois gols do Alvinegro, o chileno igualou Nacho Fernández como quinto maior artilheiro estrangeiro da história do clube.

Estrangeiros que fizeram gols pelo Atlético


 
Vargas chegou a 19 gols pelo Atlético. Ele atingiu a marca em 95 jogos, enquanto o meia argentino precisou soma 106 partidas pelo alvinegro.
 
O maior artilheiro estrangeiro da história do Atlético é Lucas Pratto, com 42 gols. Ele é seguido por Juan Cazares (41), Rómulo Otero (26) e Jefferson Savarino (21).

Vargas balançou as redes de pênalti no empate do Galo. Ele deslocou o goleiro Felipe Alves e abriu o placar no Morumbi. Calleri, duas vezes, virou para o Tricolor. Foi apenas o terceiro gol do chileno na temporada. O último havia sido marcado no empate com o Goiás, por 2 a 2, em 30 de abril, pela 4ª rodada da Série A.

Já o segundo gol de Vargas foi no segundo tempo, quando a partida estava 2 a 1 para o Tricolor. O chileno aproveitou cruzamento de Mariano, se antecipou aos defensores e tocou sem chances para o goleiro do São Paulo.

A sequência de fatos até chegar aos gols desta noite não foi fácil para Eduardo Vargas. O atacante foi expulso nos últimos minutos do jogo de volta contra o Palmeiras, nas quartas de final da Libertadores. Na ocasião, o atacante saiu do banco de reservas já na reta final do duelo no Allianz Parque. Um dos principais cobradores de pênaltis do Galo, o chileno foi expulso e não pôde auxiliar o clube mineiro na disputa que acabou em eliminação.

Em forte relato ao ge.globo na época, Vargas relembrou o episódio da expulsão e deu sua versão sobre o ocorrido. 

"Eu sou um dos principais que podem bater um pênalti. Eu entrei com essa vontade... Acho que entrei no minuto 76. Entrei com muita vontade de querer ganhar esse jogo para não ter de disputar os pênaltis. Mas sentia que nos pênaltis eu era o principal que ia bater. Na primeira falta, para mim, não era cartão amarelo, porque eu me afastei do jogador. Na segunda, eu levei uma falta e ele (árbitro) não marcou. Então, eu perdi a cabeça, fui atrás do jogador (do Palmeiras). Acho que o Allan cometeu a falta", relembrou. 

"Perdi a cabeça total. Aí fui me manifestar com o juiz. Nunca passou pela minha cabeça que ele ia me expulsar. Depois, cheguei no vestiário com a cabeça quente e totalmente arrependido de ter sido expulso", completou.

São Paulo x Atlético: fotos do jogo pelo Campeonato Brasileiro

 

Pós-expulsão no Atlético

 
Punido administrativamente pelo Atlético, com multa salarial e fora das listas de relacionados para os dois últimos jogos (Coritiba e Goiás), Vargas revelou ter sofrido com a depressão após o episódio. O jogador contou que se sentia como um "patinho feio" na Cidade do Galo, em Vespasiano, durante os treinamentos.
 
"Depois da expulsão, eu caí tipo na depressão. Me sentia com vontade de nada. Não queria sair na rua, não queria ir ao supermercado. Inclusive meus filhos vieram no fim de semana. A gente ficou aqui com meus amigos, filhos deles. Saímos aqui no parquinho, sendo que eu podia ter levado no shopping, sabe? Qualquer lugar para eles desfrutarem. Mas não tinha vontade, porque eu sabia que talvez o atleticano, o torcedor, ia me olhar com uma forma diferente", relembrou.
 
"Eu chegava no CT e me sentia meio, sabe, patinho feio? Não queria fazer nada, não tinha muita, me sentia sem vontade, sabe? Nervoso... mas, aí eles me falaram que eu ia ser punido. Depois, o Rodrigo me chamou pra falar que eu não ia pro jogo", acrescentou.

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