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Rodolfo Gropen analisa nota oficial do Atlético sobre Conselho; leia

Ex-presidente do Conselho Deliberativo se posicionou após clube emitir nota respondendo a solicitação de Cláudio Utsch sobre possível fraude em eleição

17/11/2022 21:53 / atualizado em 17/11/2022 22:08
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Rodolfo Gropen falou sobre o posicionamento do Atlético
foto: Bruno Cantini / Atlético

Rodolfo Gropen falou sobre o posicionamento do Atlético


Conselheiro do Atlético, Rodolfo Gropen publicou uma carta nesta quinta-feira (17/11) e analisou a nota oficial que o time alvinegro emitiu sobre a possível fraude na nova composição do Conselho Deliberativo do Galo. 
Junto do conselheiro e ex-vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido, Gropen cobrou uma posição do Atlético sobre a solicitação que tinha sido feita por Cláudio Utsch neste mês de novembro. A cobrança de Rodolfo foi feita na quarta-feira (18/11) e o Galo se posicionou na tarde de quinta-feira (19/11) com uma nota oficial. 

Por consequência, o ex-presidente do Conselho Deliberativo do Atlético também se manifestou pelo comunicado do clube atleticano. Leia a carta na íntegra abaixo.

Posicionamento de Rodolfo Gropen


"Surpreendeu-me a nota do Conselho Deliberativo do Atlético. Não pela sua emissão, prática exagerada que levou o Atlético a ser vítima de memes em nível nacional, mas pelo seu conteúdo.

Em primeiro, a nota não foi assinada. O Conselho não deliberou a respeito dela, mas presumimos que tenha sido escrita pelo Presidente Ricardo Guimarães, e possivelmente tenha faltado coragem para colocar o seu nome.

Em segundo, impressiona a confissão da irregularidade na formação da chapa. 

Em terceiro, talvez o Presidente Ricardo Guimarães não saiba, cabe ao Diretor- Presidente do Atlético apresentar a chapa, não o Presidente do Conselho, de forma que afirmar que aconteceu esta prática na gestão do Conselho 2016/2019 só confirma a falta de conhecimento do atual Presidente do Conselho do nosso Estatuto.

Não me recordo do exato momento em que me tornei sócio da Vila Olímpica, mas se houve erro, que se corrija. 

O que não se pode é, a pretexto de fugir do pedido de uma investigação solicitada pelo Conselheiro Benemérito Cláudio Utsch, escapar dela sob o pretexto de que houve este tipo de erro no passado. Se de fato houve erros que se corrijam, não se acobertem.

O palavreado usado na nota "blá-blá-blá" não realça a inteligência do autor da mesma, nem respeita a história deste atleticano que serviu ao Atlético remunerado apenas pela paixão (e não também auferindo juros bancários) e fez parte da diretoria campeã da Libertadores da América, sem apoio, sublinhe-se, de "mecenas".

A fixação do Ricardo Guimarães com o Presidente Alexandre Kalil parece remeter ao nível de resultado de seus mandatos. Um Presidente campeão da Libertadores, maior título da história do Atlético, e outro Presidente da maior mancha do Atlético, o rebaixamento à segunda divisão.

Por fim, mas não menos importante, nosso Conselho está às vésperas de uma votação muito importante para a história do Clube Atlético Mineiro, a mudança de Estatuto para formar a SAF, bem como a venda da própria SAF, de sorte que não podemos ter, entre Conselheiros, membros que não tenham a mínima história no Clube, ou não sejam atleticanos, como já se suspeita.

Rodolfo Gropen
Conselheiro grande benemérito"

Nota oficial do Atlético


"Em face das reportagens veiculadas na imprensa na noite de ontem (17/11), o Conselho Deliberativo do Galo esclarece que:

1 - A Assembleia Geral Ordinária realizada no dia 8 de agosto do corrente ano, que elegeu a chapa única Galo Triplete para as 150 vagas de conselheiros eleitos e 75 vagas de conselheiros suplentes, transcorreu dentro da mais absoluta legalidade e lisura, obedecendo ao mesmo "modus operandi" das últimas eleições deste Conselho;

2 - Os procedimentos nela adotados foram rigorosamente iguais aos das últimas Assembleias Gerais ocorridas com a mesma finalidade, inclusive na que aconteceu durante a gestão do conselheiro Rodolfo Gropen como presidente do Conselho, período em que o conselheiro Lásaro Cândido ocupava o cargo de vice-presidente executivo do Clube. Aliás, importante deixar claro que o mesmo fato que Rodolfo Gropen contesta ocorreu em sua própria eleição para conselheiro. Ele foi nomeado conselheiro do Clube em agosto de 2010, mas se tornou efetivamente sócio da Vila Olímpica somente em abril de 2009 - data em que iniciou os pagamentos - portanto menos de dois anos depois de sua integração ao quadro social. Da mesma forma, Lásaro Cândido foi eleito conselheiro na mesma data e iniciou os pagamentos do clube social em junho de 2009. Dessarte, ambos querem, agora, se beneficiar de suas próprias torpezas!

3 - A carta contida nas referidas reportagens, assinada pelos conselheiros supracitados, causa-nos enorme estranhamento. Até porque, caso algum procedimento não tivesse ocorrido dentro das normas e da tradição, a chapa deveria ser impugnada dentro do prazo legal, conforme rege o Estatuto do Clube, o que não ocorreu. Mais: se tivesse havido eventual desacerto, era obrigação do presidente do Conselho de Ética e Disciplina do Conselho Deliberativo, cargo ocupado à época do pleito pelo conselheiro Cláudio Utsch, reagir de imediato contra supostas violações, o que não aconteceu;

4 - A Massa Atleticana precisa saber que todo esse "blá-blá-blá" nada mais é do que uma tentativa de jogar uma "cortina de fumaça" sobre a eminente mudança de nome da Arena MRV, decisão essa, sim, aprovada de forma obscura, em votação na calada da noite, nos instantes finais de uma reunião do Conselho que sequer tinha o referido assunto em pauta;

5 - Não tendo argumentos para contestar a decisão deste Conselho de levar à votação a mudança de nome da nossa nova casa, o que se tenta é um despiste das reais intenções, a fim de confundir a sociedade e a Massa Atleticana, com atitudes oportunistas e acusações levianas, típicas de quem coloca interesses pessoais acima dos coletivos;

6 - Por óbvio, a possibilidade de alteração do nome do estádio não configura desrespeito à história de Elias Kalil. Ao contrário. Dar o seu nome a um estádio no qual não teve qualquer participação ou influência não faz justiça à sua obra no Clube. A propósito, o que se pretende não é impor nenhum nome, mas democratizar tal escolha, oportunizando aos conselheiros decidir de maneira transparente e oportuna sobre tema de tamanha relevância e simbolismo;

7 - Por fim, reiteramos que está mantida a Reunião Extraordinária deste Conselho Deliberativo, a ser realizada no dia 21 de novembro, bem como todas as pautas contidas no Edital de Convocação."

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