Coudet promoveu estreia de oito jovens jogadores no Internacional
O Atlético vem reformulando as categorias de base nos últimos anos com objetivo de ter maior número de revelações no elenco profissional. A expectativa do clube é dar mais chances aos atletas mais novos para diminuir os gastos com contratações e aumentar as receitas com venda de ativos. E o técnico do Galo, Eduardo Coudet, tem experiência em utilizar jogadores jovens.
Em sua passagem no Internacional, em 2020, o treinador argentino promoveu a estreia como profissional de oito jogadores que surgiram na base colorada: os zagueiros Pedro Henrique e Carlos Eduardo, o lateral-esquerdo Léo Borges, o meia Bruno Praxedes e os atacantes Netto, Guilherme Pato, João Peglow e Léo Muchacho.
E os jovens não tiveram chances apenas em jogos de estadual com o time titular poupado. Léo Borges, por exemplo, estreou como titular em um jogo de Copa Libertadores fora de casa.
Dois jogadores, especialmente, conseguiram agarrar as chances com Coudet naquele ano. O meia Bruno Praxedes fez 36 jogos pelo Inter na temporada 2020, sendo 21 como titular; e João Peglow, com 21 partidas – ele começou jogando em quatro delas.
O Atlético vem dando poucas oportunidade para os jovens da base. Nos últimos anos, poucos surgiram com destaque: Sávio jogou pouco e foi vendido para o Grupo City, enquanto Rubens, Neto, Calebe, Yan e Felipe Felício lutam para ter mais chances no elenco principal.
Investimento na base
O investimento na base, no entanto, aumentará em 2023. De acordo com o orçamento do clube, aprovado pelo Conselho Deliberativo, o Galo vai gastar R$ 37,7 milhões nas divisões inferiores no próximo ano. O valor será aportado pela SAF, que ainda não foi aprovada no clube.
O objetivo do Atlético, como revelou Rodrigo Caetano em entrevista recente, é descobrir talentos bem novos e trabalhar para criar grandes estrelas no clube.
"Onde vamos buscar jogadores de qualidade diferente? Dos mais novos, transição do futsal, do gramado sintético para o campo. É ali que estamos investindo. Da sub-9 a sub-13, ganhamos todas as competições. Olha o Endrick, o Estêvão, do Palmeiras. Isso não invalida de buscar talentos mais maturados, só que esses você precisa ir lá e buscar, comprar. Estamos trilhando esse caminho, de garimpar nas categorias mais jovens", disse o dirigente.