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Coudet pede desculpas à diretoria do Atlético e diz que fica

Treinador reconhece que deveria ter conversado internamente, evita comentar cláusula de rescisão e garante que pretende permanecer no Galo

07/04/2023 18:42 / atualizado em 07/04/2023 20:30
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Técnico do Atlético, Coudet concedeu nova entrevista coletiva nesta sexta-feira
foto: Pedro Souza/Atlético

Técnico do Atlético, Coudet concedeu nova entrevista coletiva nesta sexta-feira

 
O técnico Eduardo Coudet acredita que tenha errado ao fazer cobranças públicas à diretoria do Atlético após a derrota para o Libertad, na noite de quinta-feira, no Mineirão, pela Copa Libertadores.

Nesta sexta-feira (7/4), o treinador argentino voltou a se manifestar publicamente: ele se desculpou pela polêmica entrevista, garantiu que não pretende sair do Galo e comentou o que foi dito em reunião com dirigentes do clube.
 
 

O comandante alvinegro conversou com o presidente Sérgio Coelho e um dos 4 R's, Ricardo Guimarães, na Cidade do Galo. Ele revelou tambem ter conversado com os jogadores e assegurou não ter ficado clima ruim no clube.

Em nova entrevista, Coudet reconheceu que as exigências poderiam ter sido feitas internamente. 

"Teve uma reunião, com o presidente, com Ricardo Guimarães, representando os investidores. Reconheci que seguramente não era o momento nem lugar para reclamar e para falar algumas coisas, que poderíamos ter tratado de maneira interna. Também foi pela derrota, como perdemos a partida", afirmou.

O tom adotado pela cúpula do Atlético foi de apaziguar o clima após a derrota por 1 a 0 para o Libertad nessa quinta-feira, no Mineirão, pela Copa Libertadores. Agora, Coudet garante que não pretende deixar o clube e nega que tenha sido acordado a inclusão de cláusula de saída em seu contrato. 

“Não é um tema que conversamos. Quero ressaltar que não é minha intenção sair. Estou aqui por escolha. Estou feliz por estar aqui. Creio que falamos algumas coisas certas enquanto tentamos mostrar a limitação que tem o grupo”, disse.

Perguntado sobre a possibilidade de deixar o Atlético, afirmou: “O Brasil é como a Argentina, continuidade depende de resultado. Não há cláusula, nem contrato. É a realidade de todos os treinadores. Cada jogo e o resultado que mandam”.

As cobranças de Coudet

 

Coudet reclamou abertamente de decisões de investidores do Atlético referentes ao planejamento do time em 2023. Após a derrota por 1 a 0 para o Libertad, no Mineirão, pela primeira rodada do Grupo G da Copa Libertadores, o técnico argentino cobrou os gestores do clube. "Também têm que falar".

 

Alguns questionamentos de Coudet são:

 

 

  • Pedido não ouvido pela direção para não vender Eduardo Sasha ao Bragantino - o atacante se transferiu para o clube paulista por R$ 5 milhões;

  • Ausência de um centroavante com experiência no banco de reservas (tanto que utilizou o zagueiro Réver na função no fim do segundo tempo);

  • Necessidade de implorar aos investidores para contratar um volante que suprisse a ausência de Allan por lesão e fizesse sombra a Otávio (recentemente, o Galo anunciou o argentino Rodrigo Battaglia);

  • Indicação de Mauricio Lemos e Renzo Saravia, ambos com negociações a custo zero, em meio ao descarte do clube de pagar por Felipe, ex-Atlético de Madrid-ESP e hoje no Nottingham Forest-ING; e Gilberto, do Benfica-POR;

  • Insatisfação com o "elenco curto" para o calendário repleto de jogos e competições (Mineiro, Libertadores, Copa do Brasil, Brasileiro); 
Mais calmo, Coudet disse nesta sexta-feira que não queria 'gerar nenhum clima ruim' e que o foco agora é a final do Campeonato Mineiro, contra o América. Os times se enfrentarão no domingo, às 16h30, no Mineirão.

"Seguramente, presidente e investidores se sentiram mal, tocados. Pedi desculpas. Me parece que o mais importante é focar no domingo, todos juntos. Nós, como comissão, os jogadores, diretores e investidores", afirmou.

 


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