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Atlético-MG faz acordo para pagamento de dívida de R$ 13 milhões

Débito com Construtora Épura está ligado ao projeto da Vila Acqua Park, de 1996; caso ficou em disputa na Justiça por 20 anos

15/05/2023 12:59
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Balanço aprovado pelo Conselho do Atlético mostra acordo de dívida com construtora
foto: Bruno Cantini/Atlético

Balanço aprovado pelo Conselho do Atlético mostra acordo de dívida com construtora


De acordo com o balanço financeiro de 2022, o Atlético-MG conseguiu um acordo da dívida com a Construtora Épura, no valor de R$ 13 milhões. 

Pelo acordo, o Atlético vai pagar R$ 5,5 milhões à construtora em 110 meses - cerca de nove anos. Cada parcela será no valor de R$ 50 mil, com 100% correção pelo Certificado de Depósitos Interbancários (CDI). 

O montante chegaria a R$ 13 milhões. A primeira parcela do débito foi paga pelo clube em abril deste ano, segundo o ge.com.

O caso


A empresa foi contratada pelo Atlético para a ampliação da Vila Olímpica, em 1996, na gestão do presidente Paulo Cury. Porém, o projeto que previa a instalação de um parque aquático no clube social do Galo, localizado na Região Norte de Belo Horizonte.

A chamada Vila Aqua Park, no entanto, nunca saiu do papel por descumprimento de termos pelo Atlético. Desde então, o caso estava em disputa na Justiça.

Em 2002, a Justiça determinou que o Atlético deveria ressarcir a Épura em R$ 906 mil. A dívida prosseguiu por 20 anos e, acompanhando a correção monetária, chegou a mais de R$ 10,7 milhões. 

Balanço aprovado e aumento da dívida 


Com um aumento na dívida de 19% em relação a 2021, o Conselho Deliberativo do Atlético aprovou, em abril passado, o balanço financeiro do clube referente a 2022. Entre os conselheiros presentes na reunião, na sede do Galo, em Lourdes, em Belo Horizonte, 133 aprovaram as contas. Houve apenas uma abstenção. 

O endividamento líquido do clube é de R$ 1,571 bilhão. No ano anterior, era de R$ 1,312 bilhão - crescimento de R$ 259 milhões em dívidas.

No balanço, o Atlético não incluiu o valor de um empréstimo para concluir as obras na Arena MRV, o que elevaria a dívida do clube para pouco mais de R$ 2 bilhões. Esse passivo, no valor de R$ 440 milhões, entrará no demonstrativo contábil do estádio, a ser publicado separadamente. 











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