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Defesa emblemática de 'São Victor' na Libertadores completa 10 anos

Goleiro salvou o Atlético-MG de uma eliminação na Libertadores com episódio que marcou o goleiro como 'santo'

30/05/2023 08:50 / atualizado em 30/05/2023 10:21
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Victor foi carregado pelos companheiros de equipe após a conquista do título
foto: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG

Victor foi carregado pelos companheiros de equipe após a conquista do título


 
Há exatamente 10 anos, o ex-goleiro Vitor era 'canonizado' no Estádio Independência. O momento crucial para campanha do título da Libertadores de 2013 do Atlético-MG em 2013 aconteceu no dia 30 de maio, no jogo de volta contra o Tijuana (MEX), nas quartas de final, em Belo Horizonte. 
 

Depois de um 2 a 2 no jogo de ida, um resultado considerado bom, o Galo foi sufocado pelos mexicanos em casa. O Tijuana saiu na frente no placar, a equipe mineira arrancou um empate, e um pênalti já nos acréscimos fez acelerar o coração do torcedor. 

Segundo a crítica esportiva da época, a atuação do goleiro naquela noite foi o pilar da conquista, já que o time recheado de nomes de peso, como Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Bernard e Jô não brilhou como se esperava. 


Dois tempos nervosos


A estratégia do Tijuana no jogo era clara: marcar e esperar pelo erro do adversário. Aos 25 minutos, Riascos - um dos personagens principais dessa história - abriu o placar. Um golaço. Passado o desespero depois do gol, Ronaldinho Gaúcho cobrou falta e Réver deixou tudo igual, de cabeça. 

No segundo tempo, Victor fez seu primeiro 'milagre' ao defender o chute de Piaceno, cara a cara com o gol, depois de uma falha do sistema defensivo. O time estava desestabilizado, e ainda sofreu com uma bola na trave e uma finalização perigosa. 

Aos 48 minutos do segundo tempo, quando o atleticano via o projeto estrelado por um fio, o silêncio dominou o Horto. Leonardo Silva tentou frear Aguilar, que aparecia sozinho na cara do gol, e a arbitragem marcou o pênalti.

Massa vai ao delírio em BH


Riascos partiu com segurança para a batida. Victor caiu para a direita, e a bola caprichosamente foi a meia altura, no meio do gol. 

O pé esquerdo, no entanto, ficou, e foi ele quem afastou a eliminação do Galo. Nesse momento, o goleiro passou a ser 'São Victor'. 
 
 

Relíquias preservadas


Em 2021, Victor foi presenteado com uma réplica da chuteira que utilizou no jogo pela fornecedora de materiais esportivos como homenagem. A original está no Centro Atleticano de Memória. A bola foi para a coleção particular de Victor, mas o paradeiro das luvas é desconhecido. 

Neste ano, segundo o "ge", o goleiro conseguiu recuperar a camisa utilizada na data. Ela havia sido trocada com Alfredo 'Chango' Moreno, que a manteve em sua coleção pessoal. Depois da morte do ex-jogador, vítima de câncer, a peça chegou a um colecionador, que a entregou para o ex-goleiro e hoje gerente de futebol do Atlético-MG. 
 

Campanha do Atlético-MG nas finais 2013


O placar de 1 a 1 garantiu ao Galo a vaga nas semifinais contra o Newell's Old Boys (ARG), que havia eliminado o Boca Juniors. O time passou pelos argentinos também nos pênaltis - novamente com uma atuação histórica de Victor, que pegou a última cobrança. 

Nas finais, brilhou novamente a estrela do goleiro. Após perder por 2 a 0 no jogo de ida, o Galo abriu 2 a 0 e levou a disputa para a prorrogação. E, de novo, com grandes doses de sofrimento, o jogo foi para os pênaltis. Victor defendeu a primeira cobrança com seu "santo" pé esquerdo. Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva acertaram suas cobranças, mas Giménez, pelo lado dos paraguaios, perdeu, levando o título para BH. 


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