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Felipão: chegada ao Atlético-MG resulta em fato raro na carreira do técnico

Luiz Felipe Scolari chega ao Atlético-MG para substituir Eduardo Coudet; último trabalho do pentacampeão do mundo como treinador foi em 2022, no Athletico-PR

17/06/2023 19:00 / atualizado em 17/06/2023 17:26
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foto: Robson Mafra/AGIF/Sipa USA
Felipão foi anunciado, nessa sexta-feira (16), como novo treinador do Atlético-MG. O histórico técnico de 74 anos substitui o argentino Eduardo Coudet, que deixou o clube alvinegro de forma polêmica. A ida de Luiz Felipe Scolari para o Galo resulta num fato curioso: o comandante terá dois clubes rivais no currículo somente pela segunda vez em sua longa carreira de 41 anos.
 
 
 
 
 

Cruzeiro e Atlético-MG 


Antes de chegar ao Atlético-MG, Scolari teve duas passagens pelo Cruzeiro, maior rival da equipe alvinegra. A primeira delas aconteceu entre 2000 e 2001, tendo conquistado uma Copa Sul-Minas durante o período no comando da equipe celeste.

A segunda foi mais recente, em 2020, quando Felipão assumiu a Raposa na Série B, com a missão de evitar um inédito rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro. O objetivo foi cumprido, mas o time estrelado não conseguiu o retorno à primeira divisão naquela temporada.

Coritiba e Athletico-PR



Antes disso, o treinador havia comandado o Coritiba no ano de 1990. Foram três derrotas em três jogos. E a saída do treinador do time verde e branco foi polêmica.

Segundo João Jacob Mehl, presidente do Coxa na ocasião, o ainda desconhecido Luiz Felipe Scolari, deixou o clube sem pedir demissão ou se despedir, no ônibus do Juventude, clube responsável pela última das três derrotas do Coritiba sob seu comando. Felipão confirmou que havia ido embora junto ao adversário, mas negou que tenha ido sem avisar.

Como passou somente 20 dias no Coritiba, muitas listas nem constam da passagem do treinador pelo clube. Mas isso aconteceu, apesar de não ter sido uma jornada feliz para nenhum dos lados. Felipão diz, ainda, que não cobrou nenhum centavo pelo tempo trabalhado no Coxa.

GE Brasil e EC Pelotas


Felipão trabalhou também nos rivais da cidade gaúcha de Pelotas. O GE Brasil e o EC Pelotas nutrem grande antipatia e pode-se dizer que uma das poucas coisas que os unem é terem sido a casa daquele que viria a ganhar uma Copa do Mundo com a Seleção Brasileira, em 2022.
 
 
 
 

O Brasil foi um dos primeiros clubes da carreira de treinador de Felipão. Ele trabalhou na equipe nos anos de 1983 e 1984. Foram 52 partidas disputadas, com 17 vitórias, 21 empates e 14 derrotas. Dois anos depois, comandou o Pelotas. A passagem de Scolari pela cidade em 1986 possui poucos registros, mas consta no site da assessoria do técnico.
 

Times treinados por Felipão


  • 1982 — CSA/AL - 7 jogos, 1 vitória, 4 empates, 2 derrotas - 33%
  • 1983 — Juventude/RS - 7 amistosos na Ásia e sub-20 no Camp. Gaúcho
  • 1983 — Brasil/RS - 38 jogos, 13 vitórias, 16 empates, 9 derrotas - 48%
  • 1984 — Brasil/RS - 14 jogos, 4 vitórias, 5 empates, 5 derrotas - 40%
  • 1984/85 — Al Shabab/SAU - 32 jogos na Liga
  • 1986 — Pelotas/RS
  • 1986/87 — Juventude/RS - 25 jogos, 8 vitórias, 13 empates, 4 derrotas
  • 1987 — Grêmio/RS - 45 jogos, 24 vitórias, 16 empates, 5 derrotas - 65%
  • 1988 — Goiás/GO - 38 jogos, 23 vitórias, 10 empates, 5 derrotas
  • 1988/90 — Al Qadsia/KUW - 42 jogos
  • 1990 — Seleção do Kuwait - 13 jogos, 4 vitórias, 4 empates, 5 derrotas - 41%
  • 1990 — Coritiba/PR - 3 jogos
  • 1991 — Criciúma/SC - 18 jogos, 8 vitórias, 5 empates, 5 derrotas - 54%
  • 1991/92 — Al-Ahli/SAU - 32 jogos
  • 1992/93 — Al Qadsia/KUW - 21 jogos
  • 1993/96 — Grêmio/RS - 273 jogos, 129 vitórias, 74 empates, 70 derrotas - 55%
  • 1997 — Júbilo Iwata - Iwata/JAP - 16 jogos
  • 1997/00 — Palmeiras/SP - 254 jogos, 127 vitórias, 64 empates, 63 derrotas - 58%
  • 2000/01 — Cruzeiro/MG - 75 jogos, 40 vitórias, 24 empates, 11 derrotas - 64%
  • 2001/02 — Seleção Brasileira - 25 jogos, 19 vitórias, 1 empate, 5 derrotas - 77%
  • 2003/08 — Seleção Portuguesa - 74 jogos, 42 vitórias, 18 empates, 14 derrotas - 65%
  • 2008/09 — Chelsea/ING - 41 jogos, 24 vitórias, 12 empates, 5 derrotas - 68%
  • 2009/10 — Bunyodkor/UZB - 43 jogos, 31 vitórias, 6 empates, 6 derrotas - 77%
  • 2010/12 — Palmeiras/SP - 154 jogos, 65 vitórias, 47 empates, 42 derrotas - 52%
  • 2013/14 — Seleção Brasileira - 29 jogos, 19 vitórias, 6 empates, 4 derrotas - 72%
  • 2014/15 — Grêmio/RS - 53 jogos, 26 vitórias, 14 empates, 13 derrotas - 58%
  • 2015/17 — Guangzhou Evergrande/CHN - 120 jogos, 73 vitórias, 30 empates, 17 derrotas - 69%
  • 2018 — Palmeiras/SP - 30 jogos, 20 vitórias, 7 empates, 3 derrotas - 74%
  • 2019 — Palmeiras/SP - 47 jogos, 26 vitórias, 14 empates, 7 derrotas - 68%
  • 2020 — Cruzeiro/MG - 21 jogos, 9 vitórias, 8 empate, 4 derrota - 54%
  • 2021 — Grêmio/RS - 21 jogos, 9 vitórias, 3 empates, 9 derrotas - 56%
  • 2022 — Athletico-PR - 45 jogos, 21 vitórias, 13 empates, 11 derrotas - 76%
  • 2022 — Atlético-MG
 


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