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Bahia tem pior início no Brasileiro em 11 anos: o que explica a má fase?

Na beira da zona de rebaixamento, equipe soma cinco derrotas em oito rodadas e está há quatro jogos sem vencer

03/06/2023 06:00 / atualizado em 03/06/2023 13:02
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Bahia perdeu cinco jogos em oito rodadas disputadas no Brasileirão
foto: IconSport

Bahia perdeu cinco jogos em oito rodadas disputadas no Brasileirão

 

Após garantir o retorno à elite do futebol nacional e dar início à venda da SAF ao Grupo City, o Bahia levou otimismo e despertou expectativas em sua torcida. No entanto, em campo, o time não vem correspondendo. Até aqui são dois triunfos, um empate e cinco derrotas no Campeonato Brasileiro.

 

Na 16ª colocação, o tricolor tem sete pontos, mesma pontuação conquistada em 2012 ao longo de oito rodadas. Naquele ano, a equipe foi se recuperar apenas no segundo semestre, com a chegada do técnico Jorginho, e terminou o campeonato no 15º lugar, com 47 pontos.

 

Onze anos depois, o sinal de alerta se acende para o Bahia, já que seis dos oito adversários que enfrentou se encontram a partir da décima colocação. De desfalques à nova filosofia na SAF, o Superesportes lista quais são as possíveis explicações para a má fase.

 

Neste sábado (3), o Bahia pode aproveitar o embalo da suada classificação na Copa do Brasil e mostrar confiança em campo, diante do Fortaleza. Os times se enfrentam na Arena Castelão, em Fortaleza (CE), às 16h (horário de Brasília). 

 

Escalações diferentes

 

Em 33 jogos sob o comando do técnico Renato Paiva, o Bahia não repetiu a sua escalação por duas partidas consecutivas. Em sua chegada, o português alertou sobre a possibilidade das mudanças ocorrerem com mais frequência. Além disso, suspensões e lesões complicam o ideal de continuidade que a equipe precisa para ter o entrosamento apropriado. Só no Brasileiro, oito atletas ficaram de fora, sem direito de escolha de Paiva.

 

Em meio a isso, apenas quatro jogadores somam 30 ou mais jogos: o goleiro Marcos Felipe (32), e os atacantes Everaldo (31), Biel (30) e Vitor Jacaré (30).

 

Dilemas nas laterais

 

Quando parecia que o Bahia finalmente tinha encontrado a melhor opção para a lateral-esquerda, Matheus acabou se machucando. Jhoanner Chávez e Ryan seriam as opções, mas o desempenho de ambos não convenceu. No lado direito, Cicinho não agradou a torcida e Jacaré, improvisado, foi a melhor solução, já que Andrézinho está no Mundial sub-20.

 

Problemas na defesa

 

Em oito jogos, o Bahia sofreu 14 gols, uma média de 1,75 por partida. Somente diante do Vasco, a defesa não foi vazada. O duelo foi na terceira rodada, quando o tricolor venceu por 1 a 0, em São Januário. Nos dois jogos contra o Santos, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, a equipe mostrou que tem capacidade de atuar melhor e ser mais atenta.

 
Método de trabalho do Grupo City

 

Cadu Santoro, diretor de futebol do Bahia, destacou que a equipe está começando um novo projeto, praticamente do zero, com Renato Paiva, durante coletiva de imprensa concedida em abril. De fato, desde dezembro quando a equipe passou pela venda da SAF, 18 atletas chegaram, um investimento de R$ 80 milhões.

 

Além disso, a nova gestão valoriza mais o progresso do trabalho, do que apenas a sequência de resultados. Não por acaso, na oficialização da venda, em 5 de maio, Ferran Soriano, presidente do Grupo City, foi enfático: “Ano zero, paciência, confiança”.

 


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