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TRAGÉDIA

"Foi como um punhal no meu peito", diz mãe de lateral Guilherme Gimenez, da Chapecoense

Jogador foi uma das vítimas da delegação da equipe na tragédia desta madrugada

postado em 29/11/2016 14:52 / atualizado em 29/11/2016 21:06

Atualização às 19h - O diretor geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco de Desastre, Carlos Iván Márquez Pérez, anunciou o fim das buscas e confirmou os números oficiais: eram 77 passageiros, com 71 vítimas fatais e seis sobreviventes. Ficaram no Brasil quatro pessoas que não embarcaram e estavam na lista inicial.

Divulgação
"Foi como se tivessem colocado um punhal dentro do meu peito", afirmou Rosana Gimenez, mãe do lateral Gimenez, após ser informada sobre a morte do seu filho no acidente aéreo da Chapecoense. O jogador foi uma das vítimas da delegação da equipe catarinense na tragédia desta madrugada. O time viajava para Medellín para disputar o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia.

Mãe de Guilherme Gimenez de Souza, de apenas 21 anos, Rosana mora na região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. E pretende viajar para Chapecó para se despedir do filho - ainda não há data certa para a chegada dos corpos ao Brasil. "Estou indo para poder me despedir dele. Não era isso que eu queria", lamentou.

Ela contou ter falado com o filho pela última vez na noite de segunda-feira, quando ele teria dito ter certeza de que seria campeão. Gimenez, como era conhecido nos campos, nasceu em Ribeirão Preto, cidade onde também começou no futebol ainda aos sete anos na escolinha esportiva.

Outro jogador da região de Ribeirão vítima do acidente aéreo é Ailton Cesar Junior Alves da Silva, o Canela, como era chamado. Ele era de Matão (SP), onde, pela manhã, a família ainda acreditava que pudesse estar vivo, mas por volta das 9 horas um telefonema da Colômbia confirmou a morte. Os familiares resolveram seguir para o Sul à espera do corpo. Canela jogou pelo Monte Azul e Olímpia, do interior paulista, além de também vestir a camisa do Botafogo de Ribeirão.

O clube decretou nesta terça-feira luto de três dias pelas mortes dos dois atletas que passaram pela equipe e também pela morte do comentarista do Fox Sports, Mário Sérgio, que também é ex-jogador do time botafoguense.

Ele atuou na década de 80, ao lado de grandes nomes do futebol como Raí. Já Gimenez esteve no Botafogo nos anos de 2014 e 2015, enquanto que Canela defendeu a camisa da equipe na temporada de 2015 e fez parte do elenco que foi campeão do Brasileiro da Série D. "A diretoria do Botafogo presta sua homenagem aos familiares e amigos de todos os envolvidos nessa tragédia", diz trecho de nota emitida pelo clube.

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