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TRAGÉDIA

Atlético pede CBF para cancelar jogo contra a Chapecoense pela última rodada do Brasileirão

Clube diz que vai esperar liberação da CBF e também dos outros clubes da Série A

postado em 29/11/2016 17:02 / atualizado em 29/11/2016 21:27

Atualização às 19h - O diretor geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco de Desastre, Carlos Iván Márquez Pérez, anunciou o fim das buscas e confirmou os números oficiais: eram 77 passageiros, com 71 vítimas fatais e seis sobreviventes. Ficaram no Brasil quatro pessoas que não embarcaram e estavam na lista inicial.

Divulgação/Atlético

O Atlético se manifestou oficialmente sobre a tragédia envolvendo a Chapecoense na madrugada desta terça-feira, na Colômbia, quando o avião da equipe catarinense caiu e matou mais de 70 pessoas, sendo 19 jogadores da equipe que disputaria a primeira partida da decisão da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, contra o Atlético Nacional.

A palavra do clube alvinegro era uma das mais aguardadas. Na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Galo enfrentaria a Chapecoense. Mas, por causa da tragédia, diz que é incabível a realização da partida e conta com a compreensão da CBF e também das outras equipes da Série A.

Ao contrário de outros clubes, que já manifestaram medidas de apoio à Chapecoense (emprestar jogadores sem custo para o clube catarinense e solicitação de que a equipe não esteja sujeita ao rebaixamento nos próximos três anos), o Atlético afirma que apoia todo tipo de união, mas que ‘as formas de auxílio devem ser discutidas em momento oportuno’.

Confira a nota na íntegra

Diante da tragédia envolvendo a delegação da Chapecoense, membros da imprensa e demais integrantes do voo, o Clube Atlético Mineiro esclarece que:

1 – O que o futebol brasileiro necessita, neste momento, é de um verdadeiro respeito ao luto.

2 – Até por uma questão humanitária, é contra a realização do jogo Chapecoense x Atlético, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro, considerando incabível a sua realização diante dos acontecimentos. É importante, para isto, que haja deliberação da CBF e dos demais clubes da Série A.

3 – Apoia a união de clubes e federações no sentido de atenuar as consequências desportivas desta tragédia para a Chapecoense. Contudo, considera que as formas de auxílio devem ser discutidas em momento oportuno.

4 – Considera que a prioridade neste momento é amparar os familiares dos envolvidos na tragédia.

5 – Por fim, realça a importância da participação de todos os envolvidos no futebol brasileiro, na discussão de medidas que protejam, materialmente e de forma efetiva, os dependentes das vítimas de acidentes como esse, sejam atletas, membros da comissão técnica, profissionais da imprensa ou dirigentes, de modo a garantir cobertura securitária digna aos familiares.

TRAGÉDIA

O avião que transportava a delegação da Chapecoense contava com um total de 77 pessoas a bordo: 68 passageiros e nove tripulantes. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time catarinense, além de 21 jornalistas.

Incluídos na lista de passageiros divulgada pelas autoridades colombianas, o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nes Filho, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião.

O dirigente estava em São Paulo e embarcaria nesta terça-feira em um voo comercial rumo a Medellín. Buligon também embarcaria neste mesmo voo, depois de o avião fretado pelo clube, com intenção de fazer voo direto a Medellín, ter sido desautorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Como o avião, da companhia aérea Lamia, da Bolívia, não tinha autorização para pousar em Medellín, a delegação da Chapecoense precisou embarcar um voo comercial até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, antes de pegar o avião que caiu quando já chegava ao aeroporto de Medellín. A aeronave caiu em um lugar de mata fechada, em uma região montanhosa, e de difícil acesso para as equipes de resgate.

Informações iniciais sobre o acidente, que agora está tendo as suas causas investigadas, dão conta de que o avião teria sofrido uma pane elétrica e o piloto teria liberado combustível da aeronave antes do pouso forçado para evitar que houvesse uma explosão na hora do choque com o solo. Também está sendo investigada a hipótese de que o combustível do avião teria acabado antes de o piloto ser obrigado a fazer o pouso forçado.

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