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CAMPEONATO BRASILEIRO

CBF descarta cancelar Chapecoense x Atlético, mas abre espaço para W.O. duplo no Brasileiro

Manoel Flores diz que entidade precisa seguir normas, mesmo com W.O duplo na última partida de clube catarinense na Série A. Atlético já anunciou que não jogará

postado em 01/12/2016 17:40 / atualizado em 01/12/2016 18:16

Rafael Ribeiro / CBF
Apesar de toda a repercussão negativa do pedido do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo del Nero, para a diretoria da Chapecoense não desistir da última rodada do Campeonato Brasileiro, e de o Atlético avisar que não vai jogar de jeito nenhum, o diretor de competições da entidade, Manoel Flores, garante que não há a possibilidade de cancelar a partida. Há de se ressaltar, no entanto, que o dirigente considera a chance de ocorrer "W.O" duplo, com os dois clubes não comparecendo à Arena Condá.

"O WO, tratado no artigo 53, se caracteriza no não comparecimento do clube à partida, acarretando a perda de três pontos e no placar de 3 a 0. A gente entende que é isso que o Atlético decidiu. Obviamente, todo o protocolo da partida precisa ser feito, para seguir a parte protocolar, técnica, podendo até haver um W.O. duplo. Mas não há dispositivo para o cancelamento da partida", disse Flores em entrevista ao SporTV.

De acordo com ele, a CBF precisa enviar árbitros para Chapecó no próximo dia 11 de dezembro, domingo, e criar todas das condições burocráticas para que a partida aconteça. "É muito importante registrar que a questão protocolar é a presença da arbitragem, aguardando os 30 minutos e encerrando a partida. Esta é uma questão puramente legal, de procedimento, que precisa ser tomada", afirmou.

Na quarta-feira, o novo presidente da Chapecoense, Ivan Tozzo, disse que conversou com Del Noro e que o presidente da CBF pediu que fosse feito um grande evento em Chapecó. "Eu falei para ele que não tinha 11 jogadores para colocar em campo e ele me pediu para escalar os jogadores que não viajaram e também os garotos do time de juniores", contou Tozzo, que era vice até o falecimento do presidente Sandro Pallaoro no acidente aéreo.

A ideia da CBF era fazer uma homenagem para o clube. "Ele me disse que não importa o resultado. Tem que fazer uma grande festa porque todos nós (da Chapecoense) merecemos", completou Tozzo.

O Atlético, que já havia pedido o cancelamento do jogo, decidiu radicalizar nesta quinta-feira, avisando que não entra em campo e que perderá por W.O. "Vim aqui somente informar que o Atlético não irá jogar, não irá até Chapecó jogar a última partida. A gente acredita no esporte, a gente respeita a dor. Não é o momento para cobrar de jogador nenhum a essência do esporte", disse o presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno.

"Então, já comuniquei a CBF, que concorda. Já conversei com o presidente da CBF, Marco Polo, que concordou. Nessa partida o Atlético não irá. Provavelmente, a maior punição é a perda dos três pontos", explicou Nepomuceno. Com a recusa em entrar em campo, o time mineiro irá terminar a competição no quarto lugar, com os 62 pontos que tem atualmente.

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