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Brasil tem defesa mais forte da Copa e pode igualar recorde com Tite

Seleção Brasileira é a única que não levou chutes em direção ao gol no Mundial; equilíbrio com ataque pode levar Tite a igualar série de dez vitórias seguidas

29/11/2022 09:06 / atualizado em 29/11/2022 11:22
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Seleção Brasileira é a única que não levou chutes em direção ao gol no Mundial; equilíbrio com ataque pode levar Tite a igualar série de dez vitórias seguidas
foto: Lucas Figueiredo/CBF

Seleção Brasileira é a única que não levou chutes em direção ao gol no Mundial; equilíbrio com ataque pode levar Tite a igualar série de dez vitórias seguidas


 
Os últimos dias na Seleção Brasileira têm sido quase monotemáticos. Em entrevistas, conversas nos corredores, telefonemas e debates da comissão técnica, a ausência de Neymar - e a consequente busca incessante por um substituto - é a pauta principal. Mas, enquanto o sistema ofensivo causa preocupação, a defesa tem sido o pilar da campanha com 100% de aproveitamento na Copa do Mundo do Catar até aqui.
 
 

Só Brasil, Polônia e Marrocos encerraram a segunda rodada da fase de grupos do Mundial sem levar gol. A diferença é que o único time 100% do trio é a equipe comandada pelo técnico Tite - as outras duas empataram um jogo.

Nas vitórias por 2 a 0 sobre a Sérvia e 1 a 0 contra a Suíça, o Brasil não permitiu aos adversários sequer a esperança de marcar um gol. Juntas, as seleções europeias arremataram apenas oito vezes contra a Seleção Brasileira (quatro de cada equipe), nenhuma delas com direção certeira.

É a melhor marca entre as 32 equipes participantes do Mundial. Na prática, o goleiro Alisson não precisou fazer defesas em mais de três horas de futebol.

O sólido sistema defensivo é um trunfo das equipes vitoriosas comandadas pelo técnico Tite ao longo da carreira. Foi assim, por exemplo, nas duas passagens mais recentes pelo Corinthians, que o credenciaram a assumir a Seleção Brasileira em 2016.

Desde que chegou, Tite dirigiu o Brasil em 78 oportunidades, com 59 vitórias, 14 empates, só cinco derrotas, 169 gols marcados (média de 2,17 por partida) e apenas 27 sofridos (0,35).

São impressionantes 54 "clean sheets", ou jogos sem ser vazado. A palavra-chave, repetida a cada entrevista do treinador, é "equilíbrio".

"Equilíbrio. Equilíbrio. Equilíbrio. Toda vez que se foge desse patamar a gente corre risco", disse o técnico, em setembro, apenas mais uma das tantas vezes em que ele usou esse termo durante os seis anos de trabalho na CBF.



Recorde


Na procura por equilíbrio, Tite está perto de igualar sua maior série de vitórias pela Seleção Brasileira. O recorde é de dez triunfos consecutivos, entre novembro de 2019 e junho de 2021.

Atualmente, são nove partidas seguidas com resultados positivos. A décima pode ser contra a Seleção Camaronesa, adversária desta sexta-feira (2), pela terceira rodada do Grupo G da Copa. A bola rola às 16h (de Brasília), no Estádio Icônico de Lusail.

Já classificado ao mata-mata, o Brasil precisa de ao menos um empate para garantir a liderança da chave sem depender do resultado da Suíça contra a Sérvia.

Seleção Brasileira com Tite


  • 78 jogos
  • 59 vitórias, 14 empates, 5 derrotas
  • 169 gols marcados (média de 2,17 por jogo)
  • 27 gols sofridos (média de 0,35 por jogo)
  • 87% dos jogos teve gol do Brasil
  • 69% dos jogos não teve gol do adversário

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