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Alvo de 'haters', Neymar é experiente em 'cancelamentos'; relembre cinco

Entre os principais "cancelamentos" do craque do PSG estão problemas com a Receita Federal, acusação de estupro, apoio a Bolsonaro e fama de cai-cai

12/12/2022 17:39
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Último cancelamento de Neymar se deu pelo jogado ter declarado apoio e feito campanha para Jair Bolsonaro, que tentava reeleição como presidente do Brasil
foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Último cancelamento de Neymar se deu pelo jogado ter declarado apoio e feito campanha para Jair Bolsonaro, que tentava reeleição como presidente do Brasil

Infelizmente, não deu para o Brasil na Copa do Mundo do Catar, e o tão esperado hexa vai ter que ficar para 2026. A seleção perdeu nos pênaltis para a Croácia. E, com a derrota, não demorou para que a internet fosse atrás de culpados. Muita gente tem apontado o dedo para Tite, para o zagueiro Marquinhos e, sobretudo, para o maior nome da seleção: Neymar.
 


Mesmo tendo feito um gol na prorrogação, o jogador tem sido alvo de críticas — 
em especial dos "haters" (aqueles que adoram falar mal na internet) — 
por não conseguir liderar a equipe a uma vitória em campo. Porém, esse não é o primeiro "cancelamento" nem deve ser o último pelo qual o jogador passa.
 

Até Galvão Bueno já "cancelou" Neymar. Em 2021, em um áudio vazado atribuído ao narrador da Globo, era possível ouvi-lo xingando o jogador de "idiota", após um repórter dizer que Neymar saiu do campo sem dar explicações após um empate sem gols. Na época, isso resultou numa discussão pública com a irmã e com o pai do jogador.

"Cai-cai", "idiota" e vergonha nacional


A fama de "cai-cai" de Neymar o persegue há quase dez anos, e quase sempre vira assunto na imprensa nacional e internacional. Durante chegadas dos adversários, fossem elas duras ou nem tanto, o atacante costumava ser criticado por valorizar as quedas para tentar arrancar do juiz um cartão amarelo.

Até hoje, ele tem de lidar com isso. No começo da Copa do Catar, o brasileiro virou chacota ao ser caracterizado por um jornal em um vídeo nas redes sociais como "cai-cai". O site de esportes internacional Bleacher Report postou o conteúdo com os principais atletas do torneio em forma de bonecos.

No vídeo, o zagueiro holandês Virgil van Dijk dá um carrinho na bola, e Neymar sente dores no chão, algo que ficou caracterizado como uma conduta "típica" no histórico do camisa 10.

Fraude fiscal


Em 2016, o Ministério Público Federal denunciou o atacante, então jogador do Barcelona, por suposta sonegação fiscal e falsidade ideológica. Além do atleta, também foram denunciados o pai dele, Neymar da Silva Santos, Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, e Josep Maria Bartomeu, mandatário da equipe catalã.

Em decisão de novembro deste ano, a Justiça manteve a multa a ele por sonegação de impostos, mas diminuiu a dívida com a Receita Federal, pois concordou com alguns argumentos. Segundo o site UOL, o valor que ele terá de pagar ao fisco será calculado ao final do processo, mas a multa original era de mais de R$ 188 milhões.

Toda essa movimentação costuma vir à tona em ataques nas redes sociais, sobretudo quando o craque é cobrado por algo que fez ou falou.

Acusação de estupro


Em 2019, uma mulher registrou boletim de ocorrência acusando o jogador de estupro e agressão. Os dois se conheceram após trocarem mensagens em uma rede social. Neymar comprou passagens e bancou a hospedagem dela em Paris. Os crimes teriam acontecido em maio daquele ano na capital francesa.

O suposto crime, claro, virou um dos principais assuntos das redes sociais na época. Aos poucos, vídeos com o que de fato havia acontecido no quarto começavam a aparecer, o que fez mudar o caso a favor do camisa 10. Alguns meses depois, a Justiça de São Paulo decidiu arquivar o inquérito do caso, mas é uma marca que ainda persegue o jogador de vez em quando.

Sai Neymar, entra Marta


Olimpíadas de 2016, no Rio. A seleção masculina de futebol iniciava sua trajetória nos Jogos com a pecha de nunca ter conquistado um ouro. Nos dois primeiros jogos, a equipe, então comandada por Rogério Micale, empatou com a África do Sul e com o Iraque, e saiu vaiada de campo. Dentre os atletas, o mais criticado era Neymar, que não conseguia levar a seleção aos triunfos.

Um momento que ficou marcado na memória de muitos foi quando um garotinho de dez anos riscou o nome do atacante da camisa 10 e escreveu o nome de Marta no lugar. A seleção feminina, àquela altura, fazia um bom campeonato, após vencer os dois primeiros confrontos.

Ao final daquela competição, curiosamente, tudo se inverteu. A seleção masculina se recuperou e conquistou o ouro, e a feminina perdeu na semifinal, e não levou nem o bronze.

Apoio a Bolsonaro


O mais recente cancelamento do camisa 10 foi quando, faltando dois ou três dias para a eleição de 2022, ele decidiu confirmar seu apoio (até então velado) ao então candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Com coreografia e jingle, o jogador fez o número 22 com as mãos e viralizou, para irritação da CBF, que havia pedido aos atletas para não se manifestarem, e também da parcela da população que queria outros rumos para o país.

Antes disso, Neymar nunca tinha se posicionado politicamente, mas já mantinha uma relação próxima com o político. Tanto que em 2019 o presidente foi a uma clínica de Brasília onde estava o atacante da seleção brasileira, encaminhado ao local após deixar um amistoso lesionado. Ambos tiraram fotos juntos. Neymar também já recebeu Bolsonaro em seu instituto.

O jogador chegou a prometer que homenagearia o mandatário da República após primeiro gol que fizesse na Copa, algo que não cumpriu (manifestações políticas são proibidas no Mundial). Mesmo assim, ficou difícil desassociar o nome do atacante ao do atual presidente. Basta ele cometer algum deslize para receber o rótulo de bolsonarista, sempre usado pejorativamente por quem trata de atacá-lo.


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