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Boas recordações de um time mágico: Alex lança livro que conta a história da Tríplice Coroa do Cruzeiro

Personalidades ligadas ao clube prestigiaram lançamento da obra '2003, a Tríplice História de um Time Mágico'. No livro de 138 páginas, escrito em parceria com Anderson Olivieri, ex-camisa 10 relata bastidores da conquista

26/11/2018 19:30 / atualizado em 27/11/2018 14:54
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Alex e Anderson Olivieri lançaram livro que conta bastidores do time campeão da Tríplice Coroa
foto: Alexandre Guzanshe/EM D.A Press

Alex e Anderson Olivieri lançaram livro que conta bastidores do time campeão da Tríplice Coroa

“Quem viveu 2003, terá boas recordações. Quem não viveu e apenas ouviu as histórias, terá mais uma situação para ler e entender um pouquinho o que houve”. Com essas palavras, Alex convocou os torcedores do Cruzeiro a prestigiarem a obra “2003, a Tríplice História de um Time Mágico”, que conta a história do elenco que encantou o país e deu show em três competições: Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Comercializado por R$ 39,90, o livro de 138 páginas, escrito pelo ex-camisa 10 em parceria com o jornalista Anderson Olivieri, foi lançado na noite desta segunda-feira, na Pizzaria Villa Floriano, Bairro de Santa Efigênia, na Região Leste de Belo Horizonte. Entre várias personalidades que prestigiaram o evento estão o zagueiro Leo, os ex-jogadores Ricardinho, Augusto Recife, Sandro, Leandro e Ruy e o preparador físico Antônio Mello.

De acordo com Alex, os integrantes da vitoriosa equipe colaboraram significativamente na rememoração de histórias importantes daquela época. “Na verdade eu só passei. O Anderson escreveu, e a rapaziada de 2003 também ajudou. A participação deles foi muito ativa. Quando você fala do ano de 2003 o pessoal acha que foram apenas boas histórias, que não teve problema. Acredito que quem tiver a oportunidade de ler vai ver boas histórias, que provavelmente não conhecem, e vão entender como aquele time de 2003 foi formado e como chegamos até o último jogo contra o Bahia”.

Alex se aposentou dos gramados em 2014, pelo Coritiba, clube de seu coração. Hoje, aos 41 anos, ele trabalha como comentarista no canal ESPN. Nas redes sociais, principalmente no Twitter, é comum vê-lo interagir com os fãs e postar textos analíticos sobre futebol. Talvez os rumos profissionais tenham motivado o craque a se aventurar como escritor. Na resposta, mais um elogio a Anderson Olivieri.

“É a primeira vez que participo de uma coisa como essa. O Anderson facilitou as coisas. Lógico que escrever sobre algo que você viveu é mais tranquilo também. A rapaziada de 2003, num contexto geral, ajudou. Isso facilitou também. Eu me diverti muito e me emocionei relembrando as histórias. Quem viveu 2003 terá boas recordações. Quem não viveu e apenas ouviu as histórias, terá mais uma situação para ler e entender um pouquinho o que houve”.

Sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, o Cruzeiro conquistou de forma invicta tanto o Campeonato Mineiro quanto a Copa do Brasil de 2003. No Brasileiro, disputado à época por 24 clubes (46 rodadas), o time celeste contabilizou 100 pontos, com 72,46% de aproveitamento. Foram 31 vitórias, sete empates e oito derrotas, com 102 gols marcados e 47 sofridos. O aproveitamento de 72,46% é o maior de todas as edições dos pontos corridos.

Zagueiro Leo tietou Alex e falou sobre a importância do livro da Tríplice Coroa:
foto: Matheus Muratori/Superesportes

Zagueiro Leo tietou Alex e falou sobre a importância do livro da Tríplice Coroa: "O título de 2003 é um incremento na história do Cruzeiro, e a gente faz parte da história do clube por já ter conquistado títulos. É muito bom poder estar prestigiando o Alex. Tive a experiência de escrever sobre o penta e estamos com o pensamento de colocar o hexa no papel também. Para nós é de grande alegria estar aqui representando e dando um abraço no Alex por escrever seu livro. É sensacional".


Com 39 gols em 2003 (23 no Brasileiro), Alex considera aquela temporada como retomada em sua carreira. “Para mim foi uma retomada profissional e pessoal. Fui vendido ao Parma em 2000. Entre 2000 e 2002, antes de retornar ao Cruzeiro em setembro, vivi situações que não desejo a ninguém: disputa na justiça, perdi duas gravidezes com minha mulher, fracassei no Flamengo, teve Jogos Olímpicos no meio, fiquei fora da Copa do Mundo. O ano de 2003 foi um ano que reabriu o caminho para voltar a jogar futebol. Vários entendedores da bola davam o fim da minha carreira em 2002, mas consegui dar a volta por cima. O Cruzeiro me proporcionou isso”.

Na próxima sexta-feira, dia 30 de novembro, serão completados 15 anos da conquista do Brasileiro de 2003, a “cereja do bolo” para o título simbólico da Tríplice Coroa. Por ironia do destino, Alex, o astro daquele time, cumpriu suspensão no duelo contra o Paysandu, no Mineirão, pela 44ª rodada. Zinho, seu substituto, marcou o primeiro gol celeste em cobrança de falta: 1 a 0. Mota ampliou no segundo tempo: 2 a 0. O Papão ainda diminuiu o placar nos acréscimos da etapa final, mas não impediu a festa dos mais de 73 mil cruzeirenses no Gigante da Pampulha. Na ocasião, era o primeiro título do Brasileiro da Raposa. Posteriormente, a CBF considerou a Taça Brasil de 1966 como troféu da elite nacional.

“Relacionado ao clube, o torcedor ainda tinha que viver a situação de o Atlético ter sido campeão em 1971 e o Cruzeiro não. O mais legal é que quando encerra o ano, a CBF confirma 66. Ou seja, a gente sai de zero título para um bicampeonato. Foi uma mudança de vida para mim, para o clube e para vários jogadores. Em 2003, foi um ano muito importante”, comentou Alex.

Emoção

Parceiro de Alex no livro, o jornalista e escritor Anderson Olivieri relatou o sentimento de passar para o papel a história de um time vencedor. “Foi uma emoção grande e forte. Embora já tivesse escrito um primeiro livro sobre o Cruzeiro, esse foi com uma pegada diferente. É um livro intimista, com bastidores de notícia que, até então, o torcedor não tinha acesso. Muitas informações do que ocorria no dia a dia, dentro da convivência dos jogadores. Foi muito legal. Tive o primeiro de ser o primeiro a saber disso e, junto com o Alex, colocar no papel para revelar ao torcedor. Até então, digamos assim, não eram de conhecimento do público”.

A única competição na qual o Cruzeiro não teve sucesso em 2003 foi a Copa Sul-Americana. O técnico Vanderlei Luxemburgo utilizou time misto nas partidas. Depois de vencer o Palmeiras na estreia, por 1 a 0, fora de casa, a Raposa empatou com o São Caetano por 1 a 1, no Mineirão, e foi eliminada na fase triangular. O Azulão se classificou por ter goleado o alviverde por 3 a 0, obtendo assim melhor saldo de gols. Em toda o ano, a equipe celeste disputou 73 jogos: 52 vitórias, 13 empates e oito derrotas. Foram 179 gols a favor e 70 contra.

Fotos do lançamento do livro sobre a Tríplice Coroa


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