Colorado, pai de Rogério Ceni garante torcida para o Cruzeiro contra o Inter: 'Meu filho está acima disso'

No dia 16 de dezembro de 1979, o Internacional entrava em campo para enfrentar o Palmeiras, no Beira-Rio, pela semifinal do Campeonato Brasileiro. O time gaúcho partia em busca do seu terceiro título nacional. Nas arquibancadas do estádio estava Rogério Mücke Ceni, com 6 anos. O atual técnico do Cruzeiro é de família colorada e torcia para o clube na infância.

O pai do ex-goleiro, Eurydes Ceni, nasceu no Rio Grande do Sul, mas se mudou para Pato Branco, no Paraná, onde constituiu família. Naquele dia, ele levou todos os filhos para ver o Inter - além de Rogério, outros dois irmãos também estavam vestido de vermelho. O Colorado apenas empatou por 1 a 1, gols de Jair (Inter) e Mococa (Palmeiras). Como havia vencido o primeiro jogo por 3 a 2, o clube avançou para a final. Na decisão, bateu o Vasco duas vezes (2 a 0 e 2 a 1).

Desta vez, a vitória do clube gaúcho não alegrará a família. Isso porque o membro mais conhecido dos Ceni, o ex-jogador e hoje técnico Rogério, estará à frente do Cruzeiro, rival do Inter, por uma vaga na final da Copa do Brasil.

"Ficava e fico sentido de ter que torcer contra o Inter, meu time do coração. Mas meu filho está acima disso. Não tem como ser diferente”, disse Eurydes, em entrevista à Rádio Grenal.

Apesar da torcida pelo filho, Eurydes acredita que o Inter é favorito. “Tenho certeza que na quarta-feira vai ser um jogo bom, bem disputado. Eu acho o Inter um time melhor. É um time muito bom”, frisou. “Mas em mata-mata tudo pode acontecer”, completou.

O sonho do pai é ver um dia o filho no Colorado: “Sem dúvidas meu sonho é ver o Ceni treinando o Inter. Pode ser daqui uns anos, mas pode ser que um dia aconteça”.

A partida entre Cruzeiro e Internacional será disputada nesta quarta-feira, às 21h30, no Beira-Rio, pela partida de volta da semifinal da Copa do Brasil. Na ida, o Colorado venceu por 1 a 0. O Cruzeiro precisa ganhar por pelo menos dois gols de diferença para avançar à final. Se a Raposa triunfar por um gol de diferença, a disputa vai para os pênaltis. Não há a regra de gol qualificado na Copa do Brasil.

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