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OPINIÃO

Análise da eliminação do Cruzeiro: 'Agora é com Enderson Moreira'

Enderson Moreira até o momento conviveu com a 'herança maldita' do antecessor, Adílson Batista

Paulo Galvão
Enderson Moreira até o momento conviveu com a 'herança maldita' do antecessor, Adílson Batista - Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro Contratado durante a paralisação do futebol em virtude da atual pandemia de COVID-19, o técnico Enderson Moreira até o momento conviveu com a “herança maldita” do antecessor, Adílson Batista, ele próprio colocado em fogueira no ano passado. Por isso, não pode ser cobrado pelos fracassos no Campeonato Mineiro, no qual não chegou nem às semifinais, nem pela eliminação na terceira fase da Copa do Brasil, visto que o time havia perdido por 2 a 0 para o CRB no jogo de ida, no Mineirão, e tinha uma série de desfalques no jogo desta quarta-feira, seja por ordem médica ou legal.



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A partir de agora, porém, passará a ser mais cobrado pelos resultados. Por mais que a terra continue arrasada no clube, com cobradores surgindo quase diariamente no Barro Preto e um grupo de jogadores ainda em formação, ele terá de encontrar soluções para fazer a equipe voltar a vencer. Mais que isso, a Raposa tem de se mostrar confiável, impondo respeito aos adversários, o que parece não existir, nem mesmo por parte de equipes bem menos tradicionais.

O que pode ser um trunfo é que o treinador tem se mostrado ciente dessa responsabilidade. Na entrevista após a saída precoce na Copa do Brasil, poderia ter culpado o árbitro ou a falta de sorte, mas reconheceu que o time ainda tem muito a evoluir. Além disso, falou sobre o grupo em formação, com a chegada de jogadores já com a Série B em andamento, até pela falta de recursos do Cruzeiro. A torcida espera que ele consiga dar o mínimo de competitividade, que foi vista raras vezes este ano.