Torcida do Cruzeiro na arquibancada do Mineirão
Mas será que o clube tem cobrado caro nesta reta inicial de disputa do Campeonato Brasileiro? O Superesportes fez um levantamento com 79 jogos das quatro primeiras rodadas das Sériea A e B para entender o patamar do valor praticado pela diretoria celeste (veja na galeria abaixo).
Ranking de preços de ingressos das Séries A e B
A única partida não considerada é o clássico entre Fortaleza e Ceará, pela Primeira Divisão, pois foi adiado em função da final do Campeonato Cearense. Portanto, cada uma das 40 equipes - com exceção do Leão do Pici - teve dois jogos como mandante levados em conta.
No cálculo, a reportagem coletou o valor mais barato que um torcedor (que não seja sócio) poderia pagar nas duas rodadas iniciais do Brasileiro para ver seu time de coração jogando em casa. Em seguida, foi calculada a média do preço mínimos para partidas.
Por exemplo: o menor valor cobrado pelo Cruzeiro para não sócios contra o Brusque, na segunda rodada, foi R$ 30 (meia). Na quarta rodada, o menor valor cobrado para o jogo com o Londrina também foi R$ 30 (meia). Portanto, a média celeste para o ranking é R$ 30.
Cruzeiro nas Séries A e B
Considerados todos os times das duas principais divisões, o Cruzeiro iniciou a competição com o 15º ingresso mais caro ao lado do Bahia. O time mineiro cobra menos que outras seis equipes da Série B, como Operário (R$ 75) e Criciúma (R$ 60), e mais que vários clubes tradicionais da Primeira Divisão.
Flamengo (R$ 30), Internacional (R$ 30), Fluminense (R$ 30) e Ceará (R$ 30) jogam em estádios de Copa do Mundo assim como o Cruzeiro e, embora estejam na Série A, cobram o mesmo tanto que o clube celeste.
América, Santos, Goiás, Botafogo, Fortaleza, São Paulo, Red Bull Bragantino e Cuiabá são outros representantes da elite com ingressos mais baratos que o Cruzeiro.
Cruzeiro na Série B
Neste início de Série B, cinco times cobram mais que o Cruzeiro pelo ingresso de menor preço para não sócios: Operário (R$ 75), Criciúma (R$ 60), Tombense (R$ 45), Náutico (R$ 40) e Londrina (R$ 37,50).
Há, porém casos muito específicos. O Tombense, por exemplo, encareceu o preço do bilhete pois na terceira rodada recebeu o Cruzeiro, que tem grande torcida no interior mineiro. O Náutico, por sua vez, aumentou o valor de jogos únicos para fazer uma promoção 'casadinha' contra Bahia e Operário.
Nenhum dos times que já conquistaram títulos de primeira grandeza nacional cobra mais que o Cruzeiro. O Bahia é o que se equipara, com R$ 30 também como menor preço. Depois, aparecem Vasco (R$ 27,50), Grêmio (R$ 25), Sport (R$ 20), Guarani (R$ 20).
Grêmio tem cobrado ingressos mais baratos que o Cruzeiro na Série B
Valores mantidos
Apesar das críticas, a diretoria do Cruzeiro não deve reduzir os preços. Segundo Ronaldo, sócio majoritário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) celeste, isso se deve ao custo de jogar no Mineirão.
"Pode ter certeza que (o ingresso) já está no (preço) mínimo aceitável. Nosso problema é não ter um estádio. Se tivéssemos um estádio, o preço dos ingressos e o custo de operação seriam outros. Mas, por enquanto, estamos na mão do Mineirão, que está longe de ser uma operação barata", disse, em 25 de abril.
Mais caro e mais barato
O ingresso mais caro para quem não é sócio é o do Athletico-PR, que cobrou R$ 100 (meia) nas duas primeiras partidas em casa no Brasileirão. Em seguida, aparecem outros dois paranaenses: Coritiba (R$ 87,50) e o Operário (R$ 75).
Por outro lado, os que cobram menos até aqui são da Série A. São Paulo, Cuiabá e Red Bull Bragantino praticaram o preço médio de R$ 12,50 no ingresso mais barato para quem não é sócio.