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Cruzeiro: Ronaldo analisa contrato para manutenção do projeto Esports

Clube mineiro sofreu debandada de jogadores, treinadores e demais funcionários de várias modalidades por falta de pagamento de salários

04/06/2022 08:00 / atualizado em 04/06/2022 01:53
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Ronaldo Fenômeno analisa contrato do Cruzeiro Esports com a 7W, empresa que administra o projeto
foto: Divulgação/Ronaldo TV

Ronaldo Fenômeno analisa contrato do Cruzeiro Esports com a 7W, empresa que administra o projeto

O Cruzeiro está devendo de três a cinco meses de salários para jogadores, treinadores e demais funcionários das equipes de Esports do clube. A falta de pagamento resultou na saída de integrantes dos times de várias modalidades nesta semana. No entanto, segundo Ronaldo Fenômeno, sócio majoritário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), a nova gestão está analisando o contrato vigente para manter o projeto ativo mesmo com a debandada de atletas. 

Em live realizada nessa quinta-feira (2) em seu canal na Twitch, o empresário disse que está a par da situação e, por isso, está revisando o contrato feito pela associação do Cruzeiro com a 7W Play - empresa que administra o projeto. 

"A gente ainda está estudando muito detalhadamente o nosso contrato, o nosso contrato não, na verdade, é o contrato que a associação fez com a empresa que toca o Cruzeiro Esports. Então, a gente está analisando muito detalhadamente, temos muitas outras prioridades para resolver, e estamos analisando esse contrato", afirmou. 

"Eu ainda não estou pronto para trazer notícias boas nem ruins, mas estamos olhando e, em breve, vamos trazer novidades", completou.  

A 7W assumiu a gestão de esportes eletrônicos da Raposa em junho de 2021, quando 90% das ações do Cruzeiro ainda não tinha sido vendidas a Ronaldo. Nas últimas semanas, a empresa dirigida pelo empresário Felipe Rossetto de Carvalho viu jogadores de Counter-Strike:Global Offensive (CS:GO), Wild Rift e FIFA (masculino e feminino) e se desligaram do projeto. 

A falta de pagamento de salários, promessas descumpridas e problemas de infraestrutura foram as principais alegações dos atletas do Cruzeiro Esports. 

Os times de Valorant (feminino), que também deixaram o projeto do clube mineiro, e Free Fire também sofreram com os atrasos. 

Posicionamento da 7W


Em entrevista ao GE, Felipe Rossetto explicou que a transformação do Cruzeiro em SAF causou preocupação sobre o futuro dos esportes eletrônicos do clube celeste. Ainda segundo o empresário, em janeiro deste ano, ele se reuniu com a equipe de Ronaldo para explicar sobre a operação do projeto, mas a nova direção não desenvolveu a proposta. 

"Isso acabou gerando uma insegurança por trás da nossa operação, porque todo o risco dessa operação é pelo modelo de negócio, sobreposto ao grupo, que se viu totalmente vulnerável, visto que se tinha a informação de terceiros de que o contrato que nós tínhamos assinado com a associação teria passado a titularidade para SAF e nós não fomos nem comunicados. Desde então a gente vem vivendo nessa inconstância", declarou.

Ainda durante a entrevista, Felipe negou que a 7W tenha deixado de pagar salários. Ele também disse que havia assinado acordos de rescisão de contratos com integrantes de todas as modalidades e que já tinha, inclusive, realizado o pagamento das rescisões.

"Os pagamentos já estão efetuados, inclusive até o final do dia de hoje muito provavelmente todos já devem ter recebido. Mais tardar amanhã. Os acordos de rescisão. É um acordo de desvinculação, de distrato, da relação com a nossa empresa", concluiu.

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