Cruzeiro ainda tem dívidas que preocupam a gestão celeste
Antes de Ronaldo comprar 90% das ações da SAF, o Cruzeiro convivia com problemas financeiros e não conseguia honrar seus compromissos, sofrendo punições na Fifa e na CBF. Com a nova equipe de trabalho, a Raposa solucionou problemas, mas ainda há débitos por aquisições de atletas que podem gerar punições.
De acordo com o diretor de futebol do Cruzeiro, Pedro Martins, há uma área voltada para renegociar as dívidas com outras agremiações. Ele disse que o dinheiro do pagamento deve vir do caixa do próprio clube.
"Todo investimento feito pelo pelo Ronaldo foi para pagar transfer ban. No início do ano, o Cruzeiro não tinha como inscrever novos jogadores para a estreia no Campeonato Mineiro. O Ronaldo fez um aporte para pagar o transfer ban da Fifa e as dívidas do clube na CNRD. E tem outras dívidas que estão vindo aí, que são problemas antigos e podem estourar na Fifa. O clube hoje tem uma área 100% voltada para a reestruturação das dívidas e está dialogando com os clubes que a gente deve para pagar isso e não gerar o transfer ban", disse Martins, em entrevista à Band Sports.
O diretor do Cruzeiro afirmou que Ronaldo aposta no time de funcionários do clube para trazer 'dinheiro novo' para a operação.
"É necessário sempre fazer esse cálculo dentro do fluxo de caixa possível. No início, isso foi um aporte do Ronaldo. Mas a ideia é que a operação do clube, por meio da boa gestão, que você consiga solucionar esses problemas. O Ronaldo aposta muito que a gestão vai potencializar as receitas de uma marca como o Cruzeiro. E isso entra no cálculo do dinheiro novo que a chegada de Ronaldo pode ocasionar", afirmou.
Hoje, a dívida com o Pyramids, do Egito, pela compra do meia Rodriguinho, é a que mais preocupa: cerca de 6 milhões de dólares (R$ 31 milhões).
Em entrevista em abril deste ano, Ronaldo prometeu que não haveria novas punições. "Daqui para frente as coisas vão melhorar, vão tranquilizar, não vamos ter mais polêmicas anormais, que vivemos nesses primeiros meses com muita intensidade. Daqui para frente é só futebol. A gente não vai ter mais notícia de transfer ban, de conselheiros, essa política que tinha antes", garantiu Ronaldo.