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Cruzeiro reverte na Justiça ação de R$ 278 mil de filho de Wagner Pires

Humberto Magalhães Santos Pires de Sá, filho do ex-presidente da Raposa, foi condenado a devolver montante aos cofres do clube celeste

27/09/2022 19:32 / atualizado em 27/09/2022 19:56
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Wagner Pires de Sá presidiu o Cruzeiro de janeiro de 2018 a dezembro de 2019
foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press

Wagner Pires de Sá presidiu o Cruzeiro de janeiro de 2018 a dezembro de 2019


O Cruzeiro anulou e reverteu, nesta terça-feira (27/9), na Justiça do Trabalho, um processo de mais de R$ 127 mil movido por Humberto Magalhães Santos Pires de Sá, filho do ex-presidente Wagner Pires de Sá, em 2021. A informação foi divulgada por Sérgio Santos Rodrigues, atual mandatário da associação celeste.
 
A Justiça determinou, em segunda instância, que o filho de Wagner devolva aos cofres do clube R$ 278.966,03. Desse montante, R$ 252.780,00 são refentes a salários pagos e R$ 26.186,03 ao FGTS
 
"Acabei de ser informado pelo nosso advogado, que acabamos de ganhar um processo extremamente importante para nós na Justiça do Trabalho. O filho do ex-presidente Wagner (de Pires Sá), Humberto, que havia sido contratado pelo próprio pai no Cruzeiro, havia entrado com uma ação trabalhista em primeira instância e ganhou para receber mais de R$ 200 mil", disse Sérgio Rodrigues. 
 
 
"Acabou de ser julgado na Quinta Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), e o Cruzeiro saiu vitorioso. Nós não temos que pagar nada e, mais que isso, ele terá que devolver o dinheiro recebido, porque o contrato foi considerado nulo. Excelente vitória do nosso jurídico mais uma vez", completou. 
 
O responsável pela defesa da Raposa na Justiça foi o advogado Gustavo Chalfun. 
 
Ainda segundo o presidente da associação do Cruzeiro, o acórdão com todos os detalhes do processo será publicado na Justiça do Trabalho nesta quarta-feira (28/9).
 
Humberto Pires de Sá acionou o Cruzeiro em 27 de agosto do ano passado, na 17ª Vara do Trabalho, cobrando R$ 127.557,42. A indenização era referente a salários, férias, recolhimento de FGTS e multas pelo fim do contrato. 
 
Na época atuando como assessor da presidência, ele se desligou do clube em janeiro de 2020, depois de Wagner deixar o cargo. 

Cobranças de Humberto Pires de Sá

 
O ex-funcionário, que trabalhava na Toca da Raposa I e foi contratado em 1º de março de 2018, logo depois da posse do pai, alegou que exercia o cargo de assessor da presidência. Ele ainda solicitou pedido de justiça gratuita, justificando que não dispunha de recursos financeiros para arcar com as custas processuais. De acordo com a petição, Humberto recebia salário de R$ 12.639.
 
Na petição, Humberto Pires de Sá alega que o Cruzeiro não pagou as verbas rescisórias. Ele cobrava R$ 2.527,80, valor referente ao saldo de salário, R$ 10.532,50 de férias proporcionais, R$ 3.861,92 como 1/3 das férias, R$ 13.902,90 de indenização por aviso prévio, R$ 1.053,25 por 13º salário proporcional ao aviso prévio, além de R$ 1.053,25 pelas férias sobre aviso prévio indenizado. 
 
Ele ainda alegou na petição que o Cruzeiro não recolheu devidamente o FGTS durante o período do contrato, e que não recebeu do clube os salários de novembro de 2019, além do 13º de 2019 e o de dezembro do mesmo ano. O ex-funcionário pedia multa de 50% caso os débitos não fossem quitados até a data da primeira audiência. 
 

Wagner Pires de Sá na presidência do Cruzeiro 

 
Wagner Pires de Sá presidiu o Cruzeiro de janeiro de 2018 a dezembro de 2019. Além da pífia campanha que levou o clube ao inédito rebaixamento à Série B do Brasileiro, a gestão ficou marcada por escândalos e denúncias de irregularidades administrativas, com a participação de empresários. 
 
O ex-presidente também é investigado pela Polícia Civil após denúncia oferecida pelo Ministério Público, por falsificação de documentos, falsidade ideológica, apropriação indébita, organização criminosa e lavagem de dinheiro. 

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