O zagueiro Dedé completou 35 anos no último sábado (1), e ganhou uma festa temática da esposa, Patrícia Gonçalves. Com direito até a uma faixa de hexacampeão da Copa do Brasil, o tema do aniversário foi o Cruzeiro, clube que defendeu de 2013 a 2020. Ele esteve na conquista do título nacional da Raposa, em 2018.
- Seu legado não se explica numa decoração e nem num livro, mas seus bisnetos ainda ouvirão falar de você - disse a mulher de Dedé na publicação do Instagram.
No entanto, a decoração irritou parte dos torcedores celestes nas redes sociais. Isso porque o defensor votou contra a recuperação judicial proposta pelo clube para renegociação de dívidas no dia 21 de junho, em assembleia virtual.
Um internauta fez um comentário no post atacando Dedé: “Esse cara tinha que ter vergonha na cara, vota contra a recuperação judicial e entra na Justiça depois do clube abraçar ele. Ele praticamente se formou em medicina no DM do clube, e tem coragem de meter um tema desse! Nunca gostou do Cruzeiro e nunca amou, mercenário.”
Mesmo com as críticas, muitas mensagens de felicitações também foram publicadas, inclusive citando o “azar” que o zagueiro teve ao sofrer com inúmeras lesões em sua passagem pela equipe mineira.
Dedé votou contra recuperação judicial do Cruzeiro
A recuperação foi aprovada por 250 a 103. Seis pessoas se abstiveram. Entre os votos contrários estava o de Dedé. O atleta cobra da equipe na Justiça uma dívida trabalhista de R$ 19,4 milhões.
Em 2022, ele entrou com pedido de prosseguimento de execução contra o Cruzeiro 48ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. Segundo o ex-jogador da Raposa, à época no Athletico-PR, o clube mineiro descumpriu o acordo fechado em 2021.
Em junho de 2021, Dedé e Cruzeiro entraram em um acordo na Justiça que previa o pagamento de R$ 16,6 milhões. O montante seria pago em 60 parcelas a partir de janeiro do ano seguinte. Além disso, o clube teria que pagar R$ 1,1 milhão ao advogado do atleta, em 24 prestações.
Caso houvesse atraso de quatro parcelas, alternadas ou sucessivas, "acarretaria o vencimento antecipado de todas as parcelas não quitadas, com acréscimo de multa de 10% sob o débito vencido". A defesa de Dedé pleiteiva essa questão judicialmente.