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Robinho é sondado por time chinês, mas não sai do Brasil por medo de prisão

Atacante teme ser preso por conta de condenação em última instância na Justiça Italiana, pelo crime de violência sexual, cometido em 2013

12/01/2023 11:03 / atualizado em 12/01/2023 11:40
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Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro de uma mulher albanesa em 2013, na Itália
foto: Olivier MORIN / AFP

Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro de uma mulher albanesa em 2013, na Itália

 

 

Robinho recebeu sondagem de um time da segunda divisão da China, mas a conversa não avançou. O atacante teme sair do Brasil e ser preso por causa da condenação em última instância na Justiça Italiana, pelo crime de violência sexual.O atleta atuou pelo Guangzhou Evergrande em 2015.

 

Robinho teme sair do Brasil e aumentar o risco de ser preso. Nenhuma viagem foi marcada nos últimos meses. Outro fator é continuar perto da família. Um dos filhos, inclusive, joga na base do Santos.

 

Ele foi sondado por Portuguesa Santista e Brasiliense. Aos 38 anos, ele ainda não decidiu se voltará a atuar. Sua última partida foi em 19 de julho de 2020, pelo Istanbul Basaksehir, da Turquia.

 

O atacante fala constantemente sobre a vontade de competir. Essa decisão deve ocorrer em breve.

 

Robinho comenta que quer e tem condições de retornar aos gramados, mas se preocupa com a família e os filhos, principalmente pelo que chama de "perseguição da imprensa".

Robinho mantém a forma em um campo do Guarujá e também em algumas atividades na Portuguesa Santista. Ele e outros atletas com passagem pelo Santos jogam juntos, como o zagueiro Domingos e o atacante Renatinho.

 

O ex-camisa 7 do Santos disputou amistosos contra a Portuguesa Santista junto com esse time de amigos dele. Quem participou afirma que ele "sobrou" e pode voltar a atuar tranquilamente.

 

Condenação por estupro

 

Robinho foi condenado a nove anos de prisão por estupro de uma mulher albanesa em 2013, na Itália. O atacante foi anunciado como reforço do Santos em 2020, mas o acordo foi cancelado pela publicação de conversas com amigos e a pressão de patrocinadores.

 

O Brasil negou a extradição de Robinho. A recusa se deu com base no artigo 5º da Constituição brasileira. O pedido foi feito pelo governo italiano em outubro.

 

O caso já transitou em julgado e não tem possibilidade de recurso. Robinho e seu amigo Ricardo Falco foram condenados. Outros quatro envolvidos não foram encontrados pela Justiça Italiana.

 

Segundo a acusação, Robinho e seus amigos ofereceram bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor". De acordo com a reconstrução feita pelo Ministério Público, o grupo levou a jovem para um camarote da boate e, se aproveitando de seu estado, praticou "múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela".

 

Em uma conversa telefônica grampeada, Robinho disse ao amigo Jairo Chagas: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".

 

Em outro trecho, Robinho afirmou: "Olha, os caras estão na m****. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros f***** ela, eles vão ter problemas, não eu. Eram cinco em cima dela", afirmou.

 

Após Chagas dizer que havia visto Robinho "colocar o pênis dentro da boca" da vítima, ele respondeu: "Isso não significa transar". Os advogados do ex-jogador alegam que ele é inocente e que a relação foi consensual.


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