Segundo informações da Rádio local AT5, 11 desses ainda estão detidos, e podem ser liberados ainda neste domingo (7) após prestarem depoimento.
Além da acusação de intolerância religiosa, os torcedores também são suspeitos de destruir janelas de um ônibus e insultar policiais. Na ocorrência, os agentes relatam que o grupo composto por torcedores do AZ buscava confronto com torcedores do Ajax. Os cânticos preconceituosos não pararam mesmo após vários avisos da policia.
Femke Halsema, prefeita de Amsterdã, lamentou o ocorrido, e afirmou querer trabalhar em conjunto com a justiça para enfrentar e reprimir o antissemitismo no futebol.
- O prefeito, o promotor público e o chefe de polícia estão unidos contra o antissemitismo. É inaceitável que esses indivíduos tenham entoado slogans discriminatórios e antissemitas ontem, mesmo depois de terem sido advertidos pela polícia - disse, em comunicado divulgado à imprensa.
O Ajax é um alvo constante do antissemitismo por sua ligação conhecida com a comunidade judaica da cidade. O clube já teve jogadores e presidentes praticantes da religião. Antes da Segunda Guerra Mundial e da invasão da Alemanha de Hitler, Amsterdam era conhecida como a "Jerusalém do Ocidente" pelo grande número de habitantes judeus.
O Centro de Informação e Documentação de Israel (CIDI) lamentou o acontecimento.
- Estamos completamente de volta à estaca zero - afirmou Naomi Mestrum, diretora do órgão - oloroso para as vítimas, para os familiares, para todos. Não devemos pensar que a guerra foi algo pré-histórico. É relativamente recente que aconteceu. Por isso é nojento e muito triste -, completou.
O AZ também emitiu uma nota condenando os atos. "O AZ repudia e condena a pequena parte da torcida que proferiu cânticos ofensivos no sábado à noite, a caminho do estádio", diz o texto.
"O clube desaprova fortemente o comportamento inflamatório e a discriminação de qualquer forma", prossegue, reiterando que cooperará com a polícia se necessário. Em campo, as equipes empataram em 0 a 0.