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Cruzeirenses que atacaram ônibus e mataram atleticano são mantidos presos

Decisão judicial converteu detenções em flagrante em preventivas. Isso acontece para evitar fugas, cometimento de novos crimes e destruição de provas

30/11/2021 20:55 / atualizado em 30/11/2021 21:12
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Ônibus da linha 6350 ficou destruído após ataques de integrantes de torcida organizada do Cruzeiro
foto: Reprodução/WhatsApp

Ônibus da linha 6350 ficou destruído após ataques de integrantes de torcida organizada do Cruzeiro

A Justiça de Minas Gerais converteu  as prisões dos integrantes de organizada do Cruzeiro  suspeitos de  atacarem um ônibus com torcedores do Atlético  no último domingo (28/11), em Belo Horizonte. Antes encarcerados em flagrante, agora eles passam a cumprir a detenção preventiva. Um atleticano  morreu em decorrência do ataque .

Juridicamente, isso acontece para evitar que os réus sejam soltos. O juiz toma esse tipo de decisão quando entende haver risco do cometimento de novos crimes, de destruição de provas ou de fuga. 

No total, seis integrantes da Máfia Azul foram presos. Entre eles está o presidente da filial da organizada na Região do Barreiro, em BH, onde aconteceu o crime. 

Entre os detidos, dois já têm passagens pela polícia: um de 23 anos já foi condenado por roubo majorado (com grande ameaça); e outro de 24 que foi detido por porte ilegal de arma, com ação ainda em trâmite na Justiça. 

Todos respondem por homicídio qualificado, já que um dos integrantes do ônibus atacado teve morte cerebral no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em BH.

A ocorrência


Eles são acusados de cercar um ônibus da linha 6350 (Estação Vilarinho/Estação Barreiro) no Anel Rodoviário, na Região do Barreiro, no último domingo. Eles usaram um veículo Chevrolet Blazer branco para interceptar o coletivo e atacar os cerca de 30 atleticanos que estavam dentro do transporte público. 

Conforme a Justiça, aproximadamente 70 pessoas estavam no ônibus. Portanto, a maioria era formada por cidadãos que não vestiam a camisa do Atlético. 

Além disso, de acordo com o TJ, o motorista contou que os atleticanos não manifestavam qualquer provocação ao Cruzeiro. “Segundo o motorista, estes viajavam tranquilos, sem promover algazarra no interior do ônibus”, ressalta a decisão da Central de Recepção de Flagrantes de Belo Horizonte. 

Eles usaram pedras, pedaços de pau, bombas artesanais e coquetéis molotov para destruir o coletivo e ferir as vítimas. Até mesmo duas crianças se feriram no local. 

“Denota-se a exposição de cerca de 70 (setenta) pessoas que se encontravam no interior do coletivo – dentre elas cidadãos retornando do trabalho, famílias, além de cerca de trinta torcedores do Clube Atlético Mineiro – foram expostas a iminente risco de vida”, destaca a decisão.

A juíza Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto assina a decisão.

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