A temporada do Atlético em 2022 está muito abaixo das expectativas da torcida e dos que acompanham o futebol brasileiro. Essa realidade é exposta pela aproximação do América na tabela. O rival de Belo Horizonte trava a mesma disputa que o Galo na reta final da Série A do Campeonato Brasileiro, mesmo com um orçamento mais de sete vezes menor.
Ao fim da 31ª rodada do Brasileirão, o Atlético ocupa a 7ª colocação, com 47 pontos (12 vitórias, 11 empates e oito derrotas). O Coelho vem logo atrás, na 8ª posição, com apenas dois pontos a menos (13 vitórias, seis empates e 12 derrotas). Campanhas parecidas, mas com investimentos no futebol dissonantes.
Em 2021, de acordo com os balanços divulgados pelos clubes, a diferença já havia sido muito significativa. O Atlético gastou R$ 332 milhões com o futebol (salários, imagem e encargos), enquanto o América gastou exatos R$ 45,8 milhões.
O ano foi positivo para os dois clubes, mas com proporções distintas. O Galo cumpriu os objetivos e conquistou os títulos do Campeonato Mineiro, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Por sua vez, o Coelho não só sacramentou sua primeira permanência na elite nacional como conquistou vaga inédita na Copa Libertadores de 2022.
Os orçamentos para esta temporada, mais uma vez, projetavam valores muito distintos. Enquanto o Atlético detalhou que esperava gastar R$ 447,3 milhões diretamente com o futebol para se manter "nas cabeças" em 2022, o América (sem divulgação de forma oficial) estimava R$ 60 milhões em custos diretos com o futebol - mais uma vez, com o objetivo de permanecer na Série A.
Em contrapartida, o Coelho tem a oportunidade de "subir um degrau" em relação a 2021, terminando a temporada na frente do Alvinegro no Brasileirão. Superando os gastos do ano anterior com mais investimentos no futebol, mas ainda com orçamento modesto, o América busca sua segunda participação consecutiva no principal torneio do continente.
Custo do futebol em 2021
- Atlético - R$ 332 milhões
- América - R$ 45,8 milhões
Orçamento do futebol em 2022
- Atlético - R$ 447,3 milhões
- América - R$ 60 milhões