A “seca” tem provocado o êxodo de atletas, como a de quatro jogadoras de 16 anos que despontaram no circuito escolar em Belo Horizonte e neste semestre foram parar no Corinthians (três) e no Novo Hamburgo-RS. Em meio à longa crise na modalidade em Minas, há exemplos de resistência. Um deles está na Abesc (Associação Buritis de Esporte e Cultura). “Não teremos nenhuma competição de handebol feminino neste ano em Minas Gerais, mas nossa entidade está promovendo um metropolitano e para isso temos a ajuda da federação. É um torneio aberto, que já tem 12 equipes inscritas, grande parte do interior”, detalha o presidente Luiz Soares. Serão oito categorias no masculino e oito no feminino.
Outro foco de esperança está no Sul de Minas, onde a Liga Minas, independente, já realizou em 2018 competições no adulto (etapas de Três Pontas, Santa Rita do Sapucaí e Itajubá) e no Cadete (Varginha, Caxambu e São Lourenço). E está com tudo pronto para os torneios juvenis em Varginha e Lavras, além de uma terceira cidade a ser definida.
A Liga Minas é sediada em São Lourenço. A promoção de competições foi iniciada nesta temporada, reunindo 20 times, nenhum da capital. “Apesar da crise que o país e o estado atravessam, conseguimos viabilizar os torneios, premiando em todos eles. Realizar competições e fomentar um esporte é questão de gestão”, diz o presidente Ivo da Silva Santoso.
SOZINHO Na fase em que o handebol tinha peso no estado, Minas Gerais já participou com Ginástico, Atlético, América e ADJF na Liga Nacional masculina e Ouro Branco e Montes Claros na feminina. Entre os profissionais, porém, resta uma única equipe, o Uberaba, e restrita a atletas masculinos.
Representantes de clubes que deixaram a modalidade ou foram extintos defendem a reestruturação a partir da formação de jogadores. Com incentivo público e privado, acreditam, o esporte poderia se reerguer e voltar a ter representatividade em Minas.