“Eu sempre viajo acompanhada deles. Somente na próxima competição, nos EUA – o Street League, em Los Angeles, dentro de três meses –, é que irei sozinha. Estar com a família é ter uma força a mais. Meu pai, Virgílio, minha mãe, Raquel, e meus irmãos, Aurora, Miguel, Ravi e Rafaela, acompanham minha carreira. Devo tudo a eles”, conta.
A família, no caso de Virgínia, é fundamental para que ela siga competindo, como conta sua mãe: “Para que ela possa competir, a família toda, tanto do meu lado, quanto do pai, ajuda. A gente cotiza para conseguir o dinheiro, uma vez que ela não tem patrocinadores, somente apoiadores. Nós mexemos com venda de pastéis e caldo de cana em Niterói. Sempre fazemos promoções para conseguir um dinheiro a mais. Fazemos festas, inventamos qualquer coisa para que ela possa seguir competindo”.
Virgínia diz também que ser atleta exige sacrifícios, em especial por causa dos estudos. “Na minha escola, todos sabem que tenho de viajar para competir. Nesse caso, não me dão folga. Os professores passam a matéria que será dada na minha ausência e eu estudo nas viagens. Quando tem prova, eu as faço antes do restante dos meus colegas. É uma ajuda muito grande, pois somente dessa maneira posso competir. Atleta tem de passar por isso”, diz a adolescente, que anda de skate desde os 4 anos. “Antes era só brincadeira, mas agora é sério, pois quero muito competir e estar na Olimpíada.”
Ao contrário de Virgínia, Lucas Xaparral, de 31, tem uma realidade diferente. Skatista profissional, ele tem quatro patrocinadores – TNT, Elment, Vans e Harley Davidson. Apesar disso, diz que tem que lutar ele mesmo. “Eu sou meu maior adversário. Tenho de me superar, manter a calma para poder fazer as manobras. Se fico nervoso, erro. Isso não pode acontecer.”
Belo Horizonte sedia a segunda etapa desse evento, que faz parte da Seletiva Brasileira. Antes, em janeiro, a disputa foi em Florianópolis. As próximas etapas serão em Brasília, Lauro de Freitas (BA), Sapiranga (RS) e São Paulo.
ENTRADA LIVRE
Os interessados em acompanhar a competição terão entrada franca no Parque das Mangabeiras. Os visitantes, porém, devem apresentar comprovante de imunização contra a febre amarela, com vacina aplicada no mínimo 10 dias antes da visita. Quem não apresentar a carteira de vacinação deve portar documento de identidade e preencher na portaria uma declaração de que já foi vacinado.
Os interessados em acompanhar a competição terão entrada franca no Parque das Mangabeiras. Os visitantes, porém, devem apresentar comprovante de imunização contra a febre amarela, com vacina aplicada no mínimo 10 dias antes da visita. Quem não apresentar a carteira de vacinação deve portar documento de identidade e preencher na portaria uma declaração de que já foi vacinado.