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Comitê volta atrás e exclui Rússia e Belarus de Paralimpíadas

Entidade tomou decisão para 'preservar a integridade' dos Jogos

03/03/2022 11:21
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IPC explicou que a medida tem como principal objetivo
foto: STR/AFP

IPC explicou que a medida tem como principal objetivo "preservar a integridade" dos Jogos Paralímpicos


O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) voltou atrás em sua decisão e anunciou nesta quinta-feira (3) que os atletas da Rússia e de Belarus não poderão disputar as Paralimpíadas de Inverno de 2022, em Pequim.

Em um comunicado, a entidade explicou que a medida tem como principal objetivo "preservar a integridade" dos Jogos Paralímpicos da capital chinesa, que começarão amanhã (4) em meio à invasão da Ucrânia.

"Acreditamos firmemente que esporte e política não devem se misturar, mas a guerra chegou a esses Jogos e nos bastidores há muitos governos que estão influenciando nosso evento. Garantir a segurança e a proteção dos atletas é de fundamental importância para nós e a situação nas vilas se tornou insustentável. Para preservar a integridade destas Paralimpíadas e a segurança de todos os participantes, decidimos recusar as inscrições de atletas da Rússia e de Belarus", disse o brasileiro Andrew Parsons, presidente do IPC.

A dura medida da entidade teve como base o pedido de vários comitês olímpicos, que ameaçaram não participar do megaevento esportivo se a decisão de manter Rússia e Belarus nas Paralimpíadas não tivesse sido reconsiderada.

Em uma mensagem aos atletas paralímpicos afetados pela punição, Parsons afirmou que lamentou a exclusão e que a medida foi influenciada pelas "decisões que seus governos tomaram ao violar a trégua olímpica". O brasileiro ainda acrescentou que os competidores foram "vítimas das ações de seus governantes".

"É uma pena que todos pensem que foram os atletas que começaram essa guerra. Eu respeito os ucranianos, os russos e todos aqueles que estão aqui, todos são contra o conflito", lamentou o esquiador bielorrusso Yury Holub.

 Antes da decisão de hoje (3), o IPC havia autorizado que os paratletas de Rússia e Belarus, duas nações envolvidas diretamente na invasão à Ucrânia, participassem dos Jogos Paralímpicos, mas com bandeira neutra.

A medida é mais um duro revés para o esporte russo, que vem sofrendo uma série de sanções em função da guerra. O país é uma grande potência das Paralimpíadas e conseguiu ficar em segundo lugar no quadro de medalhas da edição de 2018. (ANSA).

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