Durante o programa Seleção SporTV desta quinta-feira, o narrador do Grupo Globo, Galvão Bueno, fez duras críticas à Conmebol por classificar o craque argentino Diego Armando Maradona como o maior da história do futebol. Em meio às homenagens pela morte do ex-jogador de futebol, a Confederação Sul-Americana se referiu ao ídolo da Argentina como “o maior de todos”.
Apesar do reconhecimento ao brilhantismo da carreira de Maradona nos gramados, para Galvão Bueno, a declaração da entidade foi infeliz. Segundo ele, esse não era o momento para comparações com outros jogadores.
"A Conmebol foi muito mal, ontem, na declaração de que Maradona foi o maior de todos. Não é hora de comparação. Eu sempre chamei o Pelé de Edson Arantes do Nascimento, o ‘Rei’. Mas ontem não era momento de nenhuma comparação", declarou o narrador.
Ainda segundo Galvão, o astro argentino tem o reconhecimento das pessoas de todo o mundo e, por essa razão, a emoção pela morte dele tomou grandes proporções.
O narrador ainda lembrou que a comoção se assemelha ao que se viu no Brasil quando Ayrton Senna morreu. A morte do piloto da Fórmula 1 ocorreu em 1º de maio de 1994, como resultado de uma colisão entre o carro do brasileiro e uma barreira de concreto, enquanto participava do Grande Prêmio de San Marino, no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália.
"O personagem (Maradona) transcende ao esporte. O que está acontecendo na Argentina é muito parecido com que vivemos com Ayrton Senna no Brasil", completou.
Morte de Maradona
Maradona morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória em casa, em Tigre, cidade próximo à Buenos Aires. O laudo preliminar da autópsia do ex-jogador apontou para um quadro de insuficiência cardíaca aguda. A análise definitiva da morte do craque será divulgada em até 48 horas pelos médicos.
A saúde do artra argentino já estava precária desde o início do mês, quando ele foi submetido a uma cirurgia de um hematoma subdural - no cérebro - e depois, por decisão familiar e médica, ficou hospitalizado. Ele permaneceu no hospital devido a uma "baixa anímica, anemia e desidratação" e um quadro de abstinência causado pelo vício em álcool.
O ex-jogador chegou a ter alta há duas semanas e passou seus últimos dias em casa, acompanhado por enfermeiras durante todo o dia.