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ENDURO

Independência e moto

Edição deste ano da mais tradicional prova do motociclismo brasileiro terá percurso em torno do Alphaville e 370 pilotos encarando as trilhas mineiras

postado em 03/09/2015 11:46

DIVULGAÇÃO
Imagine uma versão motorizada e sobre duas rodas de uma maratona: há os competidores de elite, que brigam pela vitória geral e pela premiação, e há a grande maioria, que quer, acima de tudo, desafiar os próprios limites e viver momentos de aventura e superação. Pois foi exatamente assim que o Enduro da Independência se tornou o mais tradicional evento do motociclismo brasileiro, a ponto de desafiar tendências e resistir ao crescimento de outras modalidades, como o Enduro FIM (velocidade) e o Cross-country.

Amanhã, no Alphaville Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, 370 pilotos, divididos em 12 categorias, largam para o primeiro dos quatro dias de prova. Fiel à história de 33 anos, a prova este ano traz novidades, sem perder os laços com o passado e a história do país e do esporte.

O que surgiu como uma forma de homenagear o esforço de D.Pedro II para libertar o Brasil do domínio português – nos primeiros anos, foram usadas as trilhas percorridas pela caravana imperial entre o Rio e as Minas Gerais – já levou e trouxe os inscritos de São Paulo, Espírito Santo, além de passar por quase todas as regiões do estado e, desta vez, opta por um formato simplificado. De modo a diminuir as despesas com logística, hospedagem e deslocamento, o condomínio da Grande BH será todos os dias o ponto de largada e chegada.

Pela frente, os inscritos encaram trilhas lendárias e bastante conhecidas, mas o percurso exato, assim como as médias de velocidade a serem seguidas, só são revelados na véspera. Passar antes ou depois do tempo ideal em cada ponto de checagem (trabalho agora feito por coordenadas de GPS) significa perder pontos – quem perder menos é o melhor de cada dia.

Na Master, para os mais experientes, há nada menos que seis campeões da prova lutando por novo sucesso: o capixaba Jomar Grecco, o paranaense Emerson Loth, o Bombadinho (vencedor em 2014), os mineiros Dário Júlio, Mario Vignate, Gianino Coscarelli e Luiz Felipe Braga Bastos, de volta ao enduro de regularidade. Uma atração a parte, aliás, é a presença de pilotos que se especializaram em outras modalidades e fazem questão de participar da festa, casos de Thiago Vermelho (trial), Tunico Maciel, os irmãos Jean e André Azevedo (rali). Não faltam ainda, veteranos que ajudaram a fazer a história do Independência, como Hugo Morato e Dário Schrull (o catarinense foi o primeiro a quebrar a hegemonia mineira).

GRINGOS Por se tratar de uma variante 100% verde e amarela do motociclismo, poucos estrangeiros se arriscaram a encarar a missão de pilotar calculando e mantendo as médias de velocidade determinadas pela organização. Neste ano, serão dois: o norte-americano Ian Blythe, da equipe Orange BH (disputa o Brasileiro de Enduro FIM e é destaque nas competições fora de estrada em seu país) e o francês Adrien Metge, piloto oficial da Honda. “Estou bastante animado para o Independência, embora seja algo totalmente novo para mim. Meu principal objetivo é aproveitar o tempo sobre a moto, espero conseguir me orientar e não me perder”, explica o primeiro.

ENQUANTO ISSO...
...Desafio também sobre pedais

Outra novidade na programação do 33º Enduro da Independência é a a disputa de uma prova de mountain bike no formato regularidade, a exemplo do que ocorre com as motos. Na Copa EnduroBiker, os ciclistas, divididos em quatro categorias, vão enfrentar 30 quilômetros de percurso no sábado, mesma distância prevista para o domingo. A navegação poderá ser feita com a ajuda de um aplicativo para smartphone e as bicicletas contarão com uma prancheta para fixação da planilha.