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Bronze no judô! Daniel Cargnin bate israelense e ganha 2ª medalha do Brasil

Gaúcho de 23 anos superou Baruch Shmailov no lendário Nippon Budokan

25/07/2021 07:18 / atualizado em 25/07/2021 15:16
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Daniel Cargnin levou o bronze no judô na Olimpíada de Tóquio
foto: Gaspar Nóbrega/COB

Daniel Cargnin levou o bronze no judô na Olimpíada de Tóquio

Há dois meses, Daniel Cargnin, incrédulo, lidava com a decepção de ficar fora do Mundial de judô por ter sido contaminado com a COVID-19. Recuperado, o gaúcho de 23 anos viveu, no início da manhã deste domingo (noite no Japão), a maior glória da carreira: conquistar uma medalha olímpica. Com um wazari, ele derrotou o israelense Baruch Shmailov no lendário Nippon Budokan e ficou com o bronze da categoria até 66kg na Olimpíada de Tóquio.

Luta e premiação de Daniel Cargnin, bronze no judô em Tóquio



“Estou muito feliz. Me preparei muito.  Só eu, meus amigos e minha família sabemos o quanto eu sofri quando foi adiado. Sempre tive um sonho de medalhar aqui em Tóquio. Estou muito feliz com isso, como o processo que eu tive, meus amigos, todo mundo me ajudou muito. Sem eles, sem o apoio, teria sido muito difícil”.


No caminho até a medalha, o brasileiro derrotou o moldávio Denis Vieru, o egípcio Mohamed Abdelmawgoud e o italiano Manuel Lombardo, número um do ranking na categoria. Na semifinal, perdeu para o japonês Hifumi Abe. Na decisão do bronze, venceu o israelense num duelo em que chegou a precisar ser atendido por conta de um machucado no nariz.

Foi a segunda medalha conquistada pelo Brasil neste domingo. Mais cedo, o paulista Kelvin Hoefler faturou a prata no skate street, no Ariake Urban Sports Park.

Quem é Daniel


Nascido em Porto Alegre e criado em Canoas, o gaúcho começou no judô aos sete anos. Durante a infância, porém, Dani dividia os tatames com os gramados. Ele era lateral-direito em uma escolinha de futebol do Grêmio.

Quando percebeu que não conseguiria conciliar as duas paixões, escolheu a maior delas. No judô, foi bicampeão do Campeonato Pan-Americano e conquistou a medalha de prata no Pan de Lima, no Peru, em 2019.

Ele é inspirado em um judoca histórico do Brasil: o também gaúcho João Derly, bicampeão mundial. Daniel não pôde participar da edição 2021 do torneio, na Hungria, em maio, por ter testado positivo para COVID-19. Apenas dois meses depois, conseguiu a consagração olímpica.

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