“Estou muito feliz. Me preparei muito. Só eu, meus amigos e minha família sabemos o quanto eu sofri quando foi adiado. Sempre tive um sonho de medalhar aqui em Tóquio. Estou muito feliz com isso, como o processo que eu tive, meus amigos, todo mundo me ajudou muito. Sem eles, sem o apoio, teria sido muito difícil”.
A reação de Daniel Cargnin ao ganhar o bronze! Começou a chorar assim que acabou o combate! #Judo #Tokyo2020 @SuperesportesMG pic.twitter.com/lXmAbcVJEP
%u2014 João Vítor Marques (@jvnmarques) July 25, 2021
No caminho até a medalha, o brasileiro derrotou o moldávio Denis Vieru, o egípcio Mohamed Abdelmawgoud e o italiano Manuel Lombardo, número um do ranking na categoria. Na semifinal, perdeu para o japonês Hifumi Abe. Na decisão do bronze, venceu o israelense num duelo em que chegou a precisar ser atendido por conta de um machucado no nariz.
Foi a segunda medalha conquistada pelo Brasil neste domingo. Mais cedo, o paulista Kelvin Hoefler faturou a prata no skate street, no Ariake Urban Sports Park.
Quem é Daniel
Nascido em Porto Alegre e criado em Canoas, o gaúcho começou no judô aos sete anos. Durante a infância, porém, Dani dividia os tatames com os gramados. Ele era lateral-direito em uma escolinha de futebol do Grêmio.
Quando percebeu que não conseguiria conciliar as duas paixões, escolheu a maior delas. No judô, foi bicampeão do Campeonato Pan-Americano e conquistou a medalha de prata no Pan de Lima, no Peru, em 2019.
Ele é inspirado em um judoca histórico do Brasil: o também gaúcho João Derly, bicampeão mundial. Daniel não pôde participar da edição 2021 do torneio, na Hungria, em maio, por ter testado positivo para COVID-19. Apenas dois meses depois, conseguiu a consagração olímpica.