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Demitidos, Sheik, Bolívar, J. César e Edílson revelam mágoa com presidente

Os quatro jogadores detonam Assumpção, mas se mostram interessados em, algum dia, voltar a defender o Glorioso

postado em 15/10/2014 17:42 / atualizado em 15/10/2014 18:05

Gazeta Press


Mágoa. Esse é o sentimento que cerca Emerson Sheik, Bolívar, Júlio César e Edílson. Os quatro jogadores foram demitidos pelo presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, no último dia 2 de outubro, e concederam uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (15/10) para tentar explicar o assunto. Apenas tentar: “Não tem uma explicação na verdade. Nós também queremos saber o motivo de os quatro terem sido demitidos”, disse o zagueiro Bolívar.

Edílson concorda com o companheiro e avalia: “Acho que ele devia ter sido homem de chamar a gente e dizer que não contava mais com a gente. Isso ele tem o direito de fazer. Ele é o presidente do clube. Ele tem o direito de contratar e demitir a gente na hora que ele quiser. Eu respeito a decisão que ele tomou, mas acho errado essa falta de consideração com nós quatro”, disse o lateral esquerdo.

Entre os possíveis motivos, estavam as idas do atacante ao STJD e a liderança que todos exerciam para com o grupo. O Botafogo está há três meses com os salários de carteira atrasados, e outros sete meses de direitos de imagem não pagos pela direção. “Nós tínhamos que cobrar. É nosso direito”, afirmou Júlio César.

Segundo os quatro jogadores, Maurício Assumpção não comunicou pessoalmente em nenhum momento a demissão, e por isso a mágoa com o presidente. Edílson argumenta: “Quando somos contratados por um clube, não é por e-mail ou telefone”.

O atacante Emerson Sheik revelou como ficou sabendo da decisão: “Eu estava jantando com um amigo e vi que o Júlio César tinha me ligado bastante. Só fui ver o telefone lá pelas duas horas da manhã. Conheço a família dele e fiquei muito preocupado, achei que ele precisasse de alguma coisa. Quando eu liguei, ele disse em tom sério que tínhamos sido afastados”, disse Sheik. “Mas até hoje, não sabemos o motivo de tudo isso”, disseram os quatro atletas.

Apesar de alguns membros do clube, entre jogadores e comissão técnica, terem discordado da atitude do presidente, Emerson diz que não sente mágoa pelos funcionários e companheiros, muito pelo contrário: “O grupo discordou, o treinador discordou. A gente sabe que o futebol às vezes se abraça uma causa e os mais fracos acabam se prejudicando, então compartilho deles terem ficado no clube. Precisam do emprego”.

Decepcionados com o dirigente, os quatro atletas detonam a figura de Assumpção, mas se mostram interessados em, algum dia, voltar a defender o clube carioca. Com uma condição: “Se tivesse uma nova diretoria, com planejamento, eu volto sem problemas ao Botafogo. Eu queria muito ajudar esse clube”, revelou Emerson Sheik.