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Caso Hamilton: TJ nega recurso e Piquet terá que pagar multa milionária

Brasileiro foi condenado por falas racistas e homofóbicas contra o piloto da Mercedes

05/06/2023 09:30 / atualizado em 05/06/2023 10:33
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Nelson Piquet foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal
foto: Iconsports

Nelson Piquet foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal


 
O ex-piloto brasileiro de Fórmula 1 Nelson Piquet teve seu recurso negado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) na condenação por ofensas racistas e homofóbicas ao inglês Lewis Hamilton, pilodo da Mercedes. 

A decisão, publicada na última quinta-feira (1) pela Justiça, mantém a indenização de R$ 5 milhões imposta pela 20ª Vara Cível de Brasília em março de 2023. As informações são do 'Poder 360'. 

Segundo o juiz Pedro Matos de Arruda, o valor será pago "a título de indenização por danos morais coletivos". O valor será destinado "à promoção da igualdade racial e contra a discriminação da comunidade LGBTQIA+, nos termos do art. 13 §2º, da Lei nº 7.347/85". 

Em novembro de 2021, Piquet chamou Hamilton de "neguinho" em uma entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira. Ele comentava um acidente entre Hamilton e Max Verstappen no Grande Prêmio da Inglaterra daquele ano. A colisão tirou o neerlandês da corrida. 

- O neguinho [Hamilton] meteu o carro e não deixou [desviar]. Senna não fez isso. O Senna saiu reto. O neguinho meteu o carro e não deixou [Verstappen desviar]. O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem - disse.

Um segundo trecho, onde o ex-piloto falava de Keke Rosberg na temporada de 1982, também citando Hamilton, foi considerado homofóbico.
- O Keke? Era um bosta, não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele [Nico]. Ganhou um campeonato. O neguinho [Hamilton] devia estar dando mais cu naquela época, aí tava meio ruim - declarou. 

Cerca de um ano depois, quando as declarações vieram à tona, Pique se pronunciou pedindo desculpas "a todos os afetados". Ele tentou se justificar quanto ao termo utilizado, que seria "ampla e historicamente usado de forma coloquial na língua portuguesa como sinônimo de ‘pessoa’ ou ‘cara...", mas admitiu que a fala foi "mal pensada. 


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