Donos de bares no entorno do Mineirão dizem que movimento da Copa América é fraco, mas comemoram 'perfil do torcedor'

 

Os bares no entorno do Mineirão não venderam o quanto imaginavam durante os dois primeiros jogos da Copa América em Belo Horizonte (Uruguai x Equador e Argentina x Paraguai). Embora o movimento tenha sido fraco, o “perfil do torcedor” agradou alguns lojistas.

Segundo Manoel Trilo, 51 anos, do bar Arena BH, foi “um movimento abaixo do esperado” nesta quarta-feira, quando Argentina e Paraguai empataram por 1 a 1. Ele elogiou a rivalidade saudável dos torcedores. “O positivo é o tipo de torcedor que vem ao estádio, que é diferente de jogo de Cruzeiro e Atlético. É gente que não faz bagunça, que quer ver o jogo tranquilo, não quer brigar”, disse.

Além do bar, ele administra um posto em frente ao estádio e reclamou que teve que encerrar os serviços nesta quarta mais cedo que o normal. “Não houve grande público. Mas para o comércio de bar não foi tão ruim. Contudo, tive que fechar o posto aqui em frente ao Mineirão a partir das 17h”, disse.

A Copa do Mundo, em 2014, atraiu mais turistas, mas os donos de bares não puderam abrir. “Na Copa, isso aqui tudo estava tomado de gente”, lembra Trilo, falando das vias em frente ao estádio.

O Superesportes acompanhou o movimento nos bares das 18h às 21h. Grande parte dos torcedores se reuniu no setor Norte, onde fica a maioria dos comércios. O bar do Peixe, na Avenida das Palmeiras, estava vazio em boa parte do tempo. Um dos funcionários disse que “esperava muito mais da Copa América”.

O restaurante Farropilha montou uma churrasqueira logo na entrada e comercializou espetinhos, além de cervejas e refrigerantes. Havia muitas pessoas na porta e, em alguns momentos, a fila ficou grande. Por outro lado, o bar Brahmeirão, ponto de encontro de vários torcedores antes de jogos, estava com mesas e cadeiras vazias, longe da lotação que é comum em alguns eventos.