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Sósia de Messi pega dinheiro emprestado e viaja 25h de ônibus para ver ídolo contra Brasil em BH

Estudante de 29 anos vive em Palmas, virou sósia em 2016 e fez sucesso em jogos da Copa América em Salvador

postado em 01/07/2019 23:15 / atualizado em 02/07/2019 11:06

<i>(Foto: Arquivo pessoal)</i>
 Paulo Victor Veiga Rodrigues não é apenas mais um torcedor apaixonado por Lionel Messi. Ele é, praticamente, o próprio Messi. A altura, o corpo encurvado, o corte de cabelo, a barba ruiva, a inseparável camisa 10 da Seleção Argentina, tudo faz do estudante de 29 anos uma versão tupiniquim do eleito cinco vezes o melhor do mundo. A semelhança, claro, fez do sosiadomessi10 (como é conhecido no Instagram) um dos xodós da torcida argentina, que o adotou com amuleto em Salvador e vai repetir a festa nesta terça-feira, quando Argentina e Brasil se enfrentam, às 21h30, no Mineirão.

Depois de ver Messi apenas pela janela do ônibus, na capital baiana, Paulo Victor encarou mais 25 horas na poltrona do ônibus, cortando mais de 1,5 mil quilômetros entre Palmas-TO e Belo Horizonte, para tentar encontrar seu “irmão gêmeo” mais famoso. Ele chegou a BH na noite desta segunda-feira para assistir ao clássico.

“Não foi nada planejado. Vendi minha moto por R$ 700 e um computador para ir a Salvador e tentar ficar perto do Messi. Sem ingresso, sem nada. A torcida da Argentina gostou tanto de mim que me deu ingresso para o jogo, mas só vi o Messi pela janela do ônibus, não consegui chegar perto dele. Acabei ficando por lá e ainda ganhei ingresso para ver mais um jogo. Fiz amizade com argentino, chileno, colombiano, todo mundo gente boa demais”, contou.



Mas a relação de Paulo Victor com a própria aparência foi conflituosa no início. “Eu comecei a ser sósia do Messi em 2016, quando fiz alguns vídeos para o Twitter. Em pouco tempo, tinha três mil seguidores. Não gostava muito de ser parecido com Messi, mas comecei a fazer vídeo tirando onda com a situação e acabei gostando”, conta.


Por causa dos compromissos como sósia, Paulo trancou a faculdade de gestão pública. Depois de gastar o dinheiro da moto e do computador em Salvador, voltou para Palmas. Não viria para Belo Horizonte, mas ganhou um ingresso e encarou outra viagem de mais de um dia para ver a semifinal. “Pedi dinheiro para o meu pai. A passagem custa R$ 360, mais que um ingresso. Mas está valendo a pena. A festa é boa demais. É a maior experiência da minha vida”, contou.

<i>(Foto: Arquivo pessoal)</i>


Paulo ainda não teve tempo de conhecer Belo Horizonte. Está hospedado em um hotel no centro, mas garantiu que já teve tempo de experimentar o pão de queijo – e aprovou. “Futebol não é só a bola. É mais que isso. É parceria, amizade. Em Salvador, conheci gente do mundo inteiro, bebi todos os dias e quero repetir em Belo Horizonte”.

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