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Gabriel Araújo ganha segundo ouro e deixa Brasil perto de recorde em Tóquio

Mineiro de Santa Luzia conquistou sua terceira medalha na Paralimpíada de Tóquio. Com 18 ouros, Brasil está perto do recorde de 21 obtidos em Londres'2012

02/09/2021 08:26 / atualizado em 02/09/2021 10:12
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Gabriel Araújo tem sido um dos grandes nomes do Brasil nas piscinas de Tóquio
foto: Ale Cabral/CPB

Gabriel Araújo tem sido um dos grandes nomes do Brasil nas piscinas de Tóquio

O nadador mineiro Gabriel Araújo brilhou mais uma vez em Tóquio. O atleta de 19 anos, que compete na classe S2 (atletas com braços, pernas ou tronco limitados), conquistou sua terceira medalha na Paralimpíada, a segunda de ouro, ao dominar a prova dos 50m costas e chegar em primeiro com grande vantagem para os demais competidores. Com o pódio dourado, ele ajuda o Brasil a se aproximar do recorde das 21 medalhas de ouro obtidas nos Jogos de Londres'2012.

Medalhistas do Brasil na Paralimpíada de Tóquio



Gabriel Geraldo já havia conquistado o ouro nos 200m livre e a prata nos 100m costas – sendo o primeiro medalhista brasileiro nesta edição dos Jogos. 

"As três medalhas têm um espaço especial no meu coração. Fico feliz por também poder mostrar minha alegria. Sempre estou sorrindo e dançando. É uma felicidade poder inspirar as crianças, com deficiência ou sem", disse Gabriel. 

Ele assumiu a dianteira logo na saída da disputa. Com uma fase submersa muito boa, o brasileiro se colocou à frente, e apenas aumentou a distância para os demais, fechando com o tempo de 53s96.

A prata ficou com o chileno Alberto Abarza, que anotou 57s76. O bronze foi para o russo Vladimir Danilenko, com 59s47.

"A prova de 50m é uma prova rápida, então tem de aproveitar, e não pode cometer erros, porque não dá para recuperar depois. E deu certo, eu consegui", afirmou Gabriel.

A natação brasileira está fazendo uma excelente Paralimpíada, com a conquista de oito medalhas de ouro, cinco de prata e nove de bronze até agora.

Mineiro de Santa Luzia


Gabriel é natural de Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele nasceu com folicomia, condição que causa o encurtamento dos braços e pernas.

Ingressou no esporte ainda na escola, por iniciativa de um professor, que o inscreveu numa competição sem que os pais dele soubessem. Aos 17 anos, conquistou duas medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze nos Jogos Parapan-Americanos de Lima em 2019.

Agora, Daniel é uma aposta do Brasil para os próximos ciclos paralímpicos, de Paris'2024 e Los Angeles'2028.
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