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Relembre outros casos de jornalistas que sofreram assédio sexual ao vivo!

Caso da repórter da ESPN Jéssica Dias, ocorrido antes de Flamengo x Vélez nesta semana, é só mais um entre outros em que mulheres foram desrespeitadas

08/09/2022 09:50 / atualizado em 08/09/2022 16:03
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Repórter Júlia Guimarães, da TV Globo, foi assediada durante trabalho na Copa do Mundo da Rússia, em 2018
foto: Reprodução/TV Globo

Repórter Júlia Guimarães, da TV Globo, foi assediada durante trabalho na Copa do Mundo da Rússia, em 2018

 

A cena da jornalista Jéssica Dias, da ESPN, sendo assediada por um torcedor do Flamengo, durante transmissão ao vivo antes de Flamengo x Vélez Sarsfield, nessa quarta-feira (7/9), pela Copa Libertadores, causou indignação dentro e fora do esporte. Marcelo Benevides Silva foi detido e teve a prisão preventiva decretada. Não foi, no entanto, a primeira vez que uma repórter foi desrespeitada durante o exercício da profissão.



Pesquisa de 2019, feita pelo Coletivo de Mulheres Jornalistas do Distrito Federal, revelou que 70% das jornalistas já sofreram assédio sexual durante o trabalho.   

Na Copa do Mundo


Outros casos já repercutiram como o da repórter Júlia Guimarães, da TV Globo, assediada enquanto cobria a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

Na ocasião, ela desviou de um torcedor que tentou beijá-la antes do jogo entre Japão e Senegal. Na sequência, disse: “Eu não te autorizei a fazer isso. Nunca! Ok? Isso não é educado, isso não é certo. Nunca faça isso! Nunca faça isso com uma mulher. Respeito!”.

 

 

 

Embora Júlia tenha reagido, a maioria das jornalistas acaba dando continuidade ao trabalho mesmo após passarem pela importunação, de desconhecidos ou não, já que mulheres da imprensa são frequentemente submetidas a assédio no ambiente de trabalho segundo uma pesquisa, baseada em entrevistas profundas com 32 jornalistas de mídia impressa e televisiva nos Estados Unidos.

Na Itália


Em novembro do ano passado, uma jornalista italiana foi assediada ao vivo, enquanto cobria o jogo entre Empoli e Fiorentina pelo Campeonato Italiano.

Greta Beccaglia, da Toscana TV, recebeu um beijo na mão e na sequência, um tapa no bumbum, ficando claramente constrangida diante das câmeras. "Você não pode fazer isso”, disse ao agressor.

No Brasil


Em março de 2018, a jornalista Bruna Dealtry, do canal Esporte Interativo, desabafou após ter sofrido assédio em meio à torcida do Vasco ao ser beijada à força.

"Senti na pele a sensação de impotência que muitas mulheres sentem em estádios, metrôs, ou até mesmo andando pelas ruas. Um beijo na boca, sem a minha permissão, enquanto eu exercia a minha profissão", escreveu na época. "Sou repórter de futebol, sou mulher e mereço ser respeitada", concluiu.

 

 


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