Futebol: confira os 7 jogadores que atuaram no Cruzeiro e no Atlético

 

Atlético Mineiro e Cruzeiro são os maiores clubes de Minas Gerais, com duas torcidas apaixonadas, Galo e Raposa travam uma rivalidade centenária. Para os torcedores é impensável mudar de lado, mas para os jogadores, a camisa que eles vestem é apenas um detalhe. É por conta disso, que alguns já jogaram nos dois lados da Lagoa.

 

Embora os momentos dos clubes sejam muito diferentes e que entre os profissionais o clima seja ameno, no lado dos torcedores provocações não tem data para acabar. Relembre a seguir sete jogadores que tiveram passagem tanto por Atlético, quanto por Cruzeiro. Alguns são respeitados pelas torcidas, outros, têm a ira das duas. 

 

 

 

Revelado no juvenil do Atlético, Toninho Cerezo é um dos maiores jogadores a vestir a camisa do Galo. Titular de uma das melhores equipes do alvinegro, o volante chegou a defender a Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo.

 

Apesar disso, quando saiu do São Paulo em 1993, Cerezo tinha ofertas para jogar tanto no Galo, quanto no Cruzeiro e acabou indo para a Toca da Raposa. Fato esse, que irritou muitos torcedores atleticanos, que até hoje não o consideram como ídolo. Anos depois, Toninho se aposentou do futebol vestindo a camisa alvinegra e nunca escondeu seu amor pelo Galo.

 

 

Nelinho é um dos maiores laterais direitos da história do futebol brasileiro, titular na Copa do Mundo de 1978, ele brilhou com a camisa do Cruzeiro, tendo sido fundamental na conquista da Copa Libertadores de 1976.

Após brilhar com a camisa celeste, o lateral chegou ao Galo em 1982 e tomou conta da posição. Para muitos, é ao lado de Marcos Rocha, o maior lateral direito da história do clube. É dos poucos jogadores a atuar em ambos os clubes de Belo Horizonte que é respeitado pelas duas torcidas.

 

 

O atacante Guilherme foi um dos principais nomes do Atlético no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, artilheiro do Brasileiro de 1999 e principal jogador da equipe semifinalista de 2001, o camisa 9 marcou época no Galo. Para muitos, ele é um dos maiores atacantes da história do clube, mas o fato de ter defendido o rival, em 2004, é um asterisco muito grande em sua idolatria.

 

Guilherme não só jogou no Cruzeiro, como marcou gol no Atlético e comemorou seu tento pedindo silêncio à torcida do Galo. Um fato que ainda não foi esquecido por muitos atleticanos e que põe em xeque sua idolatria. Além dessa polêmica, a passagem do atacante pela Toca da Raposa não foi brilhante e ele não deixou saudades nos torcedores celestes.

 

 

O lateral Paulo Roberto Prestes é outro jogador que brilhou com as camisas de Atlético e Cruzeiro. Campeão da Supercopa da Libertadores e da Copa do Brasil pela Raposa, o jogador também teve passagem de destaque quando passou pela Cidade do Galo. Campeão Mineiro em 1996 pelo alvinegro, Paulo Roberto foi o responsável por criar a máxima de que o Cruzeiro treme quando enfrenta o Atlético. 

 

 

Leonardo Silva é o maior zagueiro da história do Atlético: além de ter feito o gol que garantiu ao clube a conquista da Libertadores, ele levantou os troféus da Copa do Brasil, da Recopa e é o defensor com maior número de gols na história do clube.

 

Apesar disso, antes de chegar à Cidade do Galo em 2011, havia brilhado com a camisa do Cruzeiro, sendo titular da equipe finalista da Libertadores em 2009 e tendo inclusive marcado gol no Galo em uma goleada celeste por 5x0.

 

O Cruzeiro optou por não renovar seu contrato em 2011 para apostar no zagueiro Vitorino, então Léo rumou para a Cidade do Galo. Quis o destino que sua estreia fosse justamente contra a Raposa, em uma vitória alvinegra por 4x3. Além das conquistas já citadas, o zagueiro formou uma grande dupla com Réver.

 

 

José Reinaldo de Lima é o maior artilheiro da história do Atlético Mineiro. Também é o maior artilheiro do Mineirão, do clássico contra o Cruzeiro e para muitos atleticanos, é a personificação máxima do Galo. Dentro de campo, Reinaldo foi um gênio, poderia ter sido muito maior do que já é não fossem as lesões.

 

Em 1988 o Rei convocou uma coletiva de imprensa para anunciar o fim de sua carreira, além das lesões, ele vinha sofrendo com a dependência química e sentia que era a hora de parar. Após o fim da coletiva, foi procurado por dirigentes do Cruzeiro que gostariam de o levar para a Toca da Raposa. Após uma rápida negociação, o acordo foi selado. Apesar disso, a passagem do Rei pelo lado azul de BH foi um fiasco: foram apenas 2 jogos e nenhum gol.

 

Ao contrário de Toninho Cerezo, que perdeu sua idolatria por ter jogado no rival, Reinaldo não teve sua imagem arranhada por ter vestido a camisa celeste. Mesmo depois de ter parado de jogar, ele é adorado pela torcida atleticana, que se emocionou ao ver seu Rei em lágrimas comemorando o título brasileiro de 2021.

 

 

Frederico Chaves Guedes é um dos maiores centroavantes brasileiros do século, marcando gols por onde passou, ele sempre desperta grandes emoções nos torcedores, seja para o bem ou para o mal. Fred foi revelado pelo América-MG, mas se transferiu para o Cruzeiro em 2004, onde teve boa passagem até se transferir para o Lyon, da França.

 

O camisa 9 nunca escondeu seu amor pelo Cruzeiro e quando retornou a Belo Horizonte, jogando pelo Fluminense, fez juras de amor à equipe celeste. Além disso, Fred sempre marcava contra o Atlético e fazia questão de provocar o rival.

 

Em 2016, quando saiu do Fluminense, um retorno à Toca da Raposa parecia natural, mas o destino acabou sendo a Cidade do Galo. Fato esse que irritou muitos torcedores Cruzeirenses. Fred foi artilheiro do Campeonato Brasileiro pelo Atlético em 2016 e em 2017 fez 30 gols, sendo o artilheiro da equipe e assumindo a marca de maior artilheiro da história do Brasileirão por pontos corridos.

 

Ao fim de 2017, o Atlético buscava reduzir os gastos e liberou Fred, que acertou retorno ao Cruzeiro. O atacante foi campeão da Copa do Brasil de 2018 e conquistou o Mineiro de 2019, tendo inclusive feito o gol do título em cima do Atlético. Apesar disso, Fred fez parte do grupo que rebaixou o Cruzeiro à segunda divisão pela primeira vez em sua história.