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Atlético: os motivos para a recuperação mais lenta de Franco pós-COVID-19

Fisiologista Roberto Chiari explicou processo pelo qual meio-campista passa

02/01/2021 06:00
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Alan Franco durante treino do Atlético na Cidade do Galo
foto: Pedro Souza/Atlético

Alan Franco durante treino do Atlético na Cidade do Galo

Em 14 de novembro de 2020, Alan Franco foi diagnosticado com COVID-19. Passado mais de um mês e meio desde então, o jovem meio-campista de 22 anos ainda não conseguiu se recuperar totalmente da doença, que o afetou física e psicologicamente. Mas por que o equatoriano tem demorado mais que outros jogadores do Atlético para retomar as condições ideais após contrair o vírus?

Apesar das centenas de estudos desenvolvidos pelo mundo nos últimos meses, a doença ainda é considerada nova. Por isso, não há conclusões definitivas sobre vários aspectos que a envolvem. Diante do que já foi produzido cientificamente, o departamento médico do Atlético traça hipóteses que ajudam a explicar o processo pelo qual Franco tem passado.

Segundo o fisiologista do clube, Roberto Chiari, o fato de o meio-campista ter sido submetido a um período maior de isolamento que outros atletas provocou reflexos físicos mais evidentes. Tanto é que, após ser reintegrado aos treinamentos, Franco ainda não recuperou a titularidade do time comandado pelo técnico Jorge Sampaoli.

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“Os atletas respondem à COVID-19 de maneira individual, de maneira diferente entre eles. E ainda existem outras questões envolvidas. No caso específico do Alan Franco, ele estava servindo a seleção. Então, já havia alguns dias que ele não estava na rotina de treinamento aqui do clube. E ele fez o período de isolamento na cidade natal dele no Equador. Então, o período em que ele esteve afastado dos treinamentos foi maior que o da maioria dos outros atletas que também estiveram isolados”, explicou Chiari.

“Então, como foi um período de isolamento maior, é claro que isso também implica um destreinamento maior. Por isso é que é um retorno que a gente precisa respeitar. Precisa ser um retorno mais gradativo. A gente tem que acompanhar como o atleta está respondendo”, prosseguiu.

Sem prazo


O departamento médico alvinegro não estabelece prazos para que jogadores que contraíram COVID-19 recuperem o condicionamento ideal. O entendimento, porém, é que Franco está num momento de evolução, próximo ao rendimento físico que apresentava antes de adoecer.

“Nós temos os parâmetros de quando esse atleta estava treinando antes da doença e a gente percebe que existe um comprometimento ainda da condição física dele, mas que já está muito próximo de antes de ter contraído a doença. Está muito próximo do ideal já”, completou Chiari.

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