O Atlético avalia a situação como um "atraso pontual". O Galo alega dever US$ 1,66 milhão (cerca de R$ 8,2 milhões na cotação atual) e justifica pelo momento financeiro delicado que o clube vive. A instituição ainda promete o pagamento da dívida assim que o "problema de caixa" for resolvido. De acordo com o River, o Atlético deve US$ 2,5 milhões (aproximadamente R$ 12,4 milhões).
O Galo ainda enfatiza que tem empenhado esforços para manter a pontualidade da folha de pagamentos. Além disso, o clube relembrou que cumpriu com a quitação de mais de R$ 100 milhões à Fifa por dívidas anteriores à gestão atual.
O Atlético também informa que já realizou o pagamento de 80% do valor devido ao River Plate pela compra de Nacho, o que demonstra a "boa-fé" dos propósitos da gestão alvinegra. Por fim, o clube mineiro reiterou o respeito para com o time argentino.
Flamengo (entre 2020 e 2021) - Em aproveitamento de pontos, o Flamengo é o dono do recorde de invencibilidade da Libertadores. O time rubro-negro conseguiu, entre 2020 e 2021, as mesmas 17 partidas sem derrota que o Sporting Cristal, mas com 12 vitórias e cinco empates (os peruanos tiveram oito vitórias e nove empates). A sequência flamenguista começou na fase de grupos de 2020, com um triunfo por 2 a 1 sobre o Barcelona, no Equador. Nas oitavas, porém, o time foi eliminado nos pênaltis para o Racing após dois empates. Em 2021, o Fla chegou à final sem nenhuma derrota. Na decisão, caiu na prorrogação para o Palmeiras por 2 a 1 e viu a série invicta ruir. - foto: Santiago Arcos/AFPSporting Cristal (17 jogos entre 1962 e 1969) - O time peruano conseguiu, nos anos 1960, o recorde de invencibilidade que segue até hoje na Copa Libertadores. Nas edições de 1962, 1968 e 1969, o Sporting Cristal ficou impressionantes 17 jogos sem perder na competição, com oito vitórias e nove empates. Na trajetória, enfrentou equipes tradicionais, como Racing (vitória por 2 a 1 em casa, quando a série se iniciou), Peñarol (dois empates) e Universidad Católica (triunfo por 2 a 0 no Peru). A série foi quebrada na primeira fase de 1969, quando o Santiago Wanderers venceu por 2 a 0 no Chile. - foto: Reprodução/ConmebolCorinthians (16 jogos entre 2012 e 2013) - Apenas seis clubes conseguiram a façanha de vencer a Libertadores de forma invicta: Peñarol (1960), Santos (1963), Independiente (1964), Estudiantes (1969 e 1970), Boca Juniors (1978) e Corinthians (2012). Na campanha vitoriosa de 2012, o time paulista venceu oito jogos, empatou seis e levou a taça de forma inédita. Ao longo do mata-mata, eliminou equipes tradicionais, como Vasco (quartas), Santos (semi) e Boca (final). No ano seguinte, deu prosseguimento à série invicta nas duas primeiras partidas da fase de grupos. Na terceira, perdeu para o Tijuana por 1 a 0, no México. Ao todo, foram 16 partidas, com nove vitórias e sete empates. - foto: Daniel Augusto Jr./Agência CorinthiansAtlético (15 jogos entre 2019 e 2022) - Considerado um dos times mais poderosos do continente, o Atlético vive uma das maiores séries invictas da história da Libertadores. No entanto, a sequência começou em um momento não tão bom do time. Em 2019, a equipe já estava eliminada da fase de grupos quando, na última rodada, venceu o Zamora por 2 a 1, na Venezuela. Em 2020, não disputou a competição. Voltou em 2021, quando fez uma campanha impressionante, mas foi eliminado na semifinal pelo Palmeiras sem ter perdido nenhum dos 12 jogos. Este ano, começou o Grupo D com uma vitória sobre o Deportes Tolima-COL e um empate com o América. No total, são 15 jogos invicto, com nove vitórias e seis empates. Agora, vai em busca do recorde. - foto: Daniel Muñoz/AFPAmérica de Cali (15 jogos entre 1980 e 1983) - O tradicional time colombiano é quatro vezes vice-campeão, mas nunca conquistou a Copa Libertadores. Antes de chegar à final pela primeira vez, emendou uma impressionante série de 15 jogos sem perder. Tudo começou na primeira fase da edição de 1980. Após uma derrota na primeira rodada, o time venceu três jogos, empatou um e avançou de fase. Na etapa semifinal, empatou quatro jogos e foi eliminado. Nos dois anos seguintes, não jogou a competição. Voltou em 1983, quando passou pela primeira fase sem derrotas nos seis jogos. O revés veio na estapa semifinal: 2 a 0 contra o Estudiantes. No total, foram oito vitórias e sete empates em sequência. - foto: Divulgação/América de Cali-COLCruzeiro (14 jogos entre 1998 e 2004) - Bicampeão da Copa Libertadores em 1997, o Cruzeiro iniciou a edição do ano seguinte já nas oitavas de final. Na estreia, perdeu para o Vasco - que viria a conquistar o título - por 2 a 1, em São Januário. No jogo de volta, o empate sem gols eliminou a equipe celeste, mas deu início a uma longa série invicta na competição. O time voltou a disputar o torneio em 2001. Naquele ano, avançou ao mata-mata com cinco vitórias e um empate na fase de grupos. Nas oitavas, passou pelo El Nacional-EQU com dois triunfos. Porém, caiu nos pênaltis ante o Palmeiras nas quartas após duas igualdades. O Cruzeiro, então, ficou fora da Libertadores em 2002 e 2003. De volta em 2004, perdeu a invencibilidade na quarta partida: derrota por 1 a 0 para o Santos Laguna-MEX, no México. Ao todo, foram 14 jogos seguidos invicto, com nove vitórias e cinco empates. - foto: Norberto Duarte/AFPNewell's Old Boys (14 jogos em 1992) - A estreia do Newell's na Libertadores de 1992 não foi nada boa: goleada por 6 a 0 sofrida diante do San Lorenzo. Porém, o time engrenou a partir daí. Na fase de grupos, venceu quatro partidas, empatou três e conseguiu avançar ao mata-mata como primeiro colocado da chave. Nas oitavas, passou pelo Defensor; nas quartas, eliminou o próprio San Lorenzo, com direito a uma goleada por 4 a 0; na semifinal, venceu o América de Cali por 11 a 10 nos pênaltis após dois empates. O time argentino bateu o São Paulo por 1 a 0 na partida de ida da decisão, mas viu a invencibilidade - e o título - escaparem com um revés pelo mesmo placar na partida de volta (e derrota nos pênaltis). No fim das contas, foram 14 jogos invicto, com sete vitórias e sete empates. - foto: Revista/ConmebolRiver Plate (14 jogos entre 2018 e 2019) - A invencibilidade do River Plate de Marcelo Gallardo começou em grande estilo: vitória no finalzinho contra o Grêmio, em Porto Alegre, por 2 a 1, na semifinal da Libertadores de 2018. O resto é história. Na decisão, superou o arquirrival Boca Juniors em Madrid. No ano seguinte, o atual campeão chegou novamente à final. Na fase de grupos, sofreu, mas avançou com duas vitórias e quatro empates. No mata-mata, passou pelos tradicionalíssimos Cruzeiro (dois empates), Cerro Porteño (vitória e empate) e, mais uma vez, Boca (vitória e... derrota). A invencibilidade caiu justamente contra o rival local, na partida de volta da semi. Na decisão, voltou a perder - 2 a 1 contra o Flamengo. No total, foram 14 jogos sem derrota, com seis vitórias (considerando a da prorrogação) e oito empates. - foto: Javier Soriano/AFPRiver Plate (14 jogos entre 1977 e 1978) - Em 1977 e 1978, o River Plate emendou uma grande sequência invicta, mas viu o Boca Juniors conquistar a Libertadores duas vezes. O arquirrival, aliás, foi o responsável por vencê-lo na primeira partida de 1977. Depois, o River venceu uma e empatou quatro vezes e não conseguiu avançar à fase semifinal. No ano seguinte, a equipe deixou Independiente, LDU e El Nacional na primeira fase. No grupo semifinal, teve pela frente Boca e... Atlético. O Galo, aliás, foi responsável por tirar a invencibilidade rival ao vencer por 1 a 0 no Mineirão, com gol de Marinho. No total, o River acumulou cinco vitórias e nove empates. - foto: Arquivo/EM
"Sobre a ação movida pelo River Plate na Fifa, requerendo parte do pagamento pela contratação do atleta Nacho Fernández, o Atlético reconhece que existe pendência e, obedecendo sua política de transparência, informa:
1) Trata-se de atraso pontual, no valor de 1,66 milhão de dólares, motivado pelo momento financeiro (fluxo de caixa) por que passa o Clube, desde o final de 2021 e agravado no primeiro quadrimestre deste ano. Tão logo o problema de caixa esteja contornado, o Galo fará o pagamento devido;
2) O Atlético, ciente da situação, tem envidado esforços no sentido de manter a absoluta pontualidade de sua folha de pagamentos, bem como promover ampla discussão no seu Conselho Deliberativo, no sentido de alienar ativo para fazer frente às dívidas onerosas da instituição;
3) Importante destacar que o Atlético pagou recentemente mais de 100 milhões de reais à Fifa, em dívidas pretéritas a esta gestão, e que já cumpriu com 80% do valor devido pela compra do atleta Nacho Fernández, o que demonstra a boa-fé de nossos propósitos e gestão;
4) Por fim, o Atlético reafirma seu respeito pelo River Plate e reconhece o direito legítimo da equipe portenha de promover a referida cobrança, embora o clube argentino saiba da seriedade com que temos agido e que continuaremos a fazê-lo."