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Com dívida bilionária, Atlético busca novos empréstimos em bancos

Em entrevista exclusiva ao Superesportes, Bruno Muzzi, CEO do Atlético, confirmou que o clube buscou novos créditos com instituições financeiras em 2022

01/09/2022 17:45 / atualizado em 01/09/2022 20:11
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Atlético recorreu a instituições financeiras em 2022 para adquirir novos empréstimos
foto: Bruno Cantini/Atlético

Atlético recorreu a instituições financeiras em 2022 para adquirir novos empréstimos


CEO do Atlético e da Arena MRV, o engenheiro Bruno Muzzi confirmou que o clube, mesmo com uma dívida bilionária (avaliada em mais de R$ 1,1 bilhão em maio, no Galo Business Day), fez novos empréstimos com bancos para manter as contas do futebol em dia. Os valores não foram divulgados, mas preocupam a cúpula atleticana.
 
 

Nesta quinta-feira (1/9), Muzzi foi o convidado do Superesportes Entrevista. O dirigente do Atlético abordou diversos assuntos, como Arena MRV, antecipação de recursos para as obras, SAF e a saúde financeira do clube.

Bruno confirmou que o Galo adquiriu novos empréstimos em 2022. A dívida onerosa do clube, que já ultrapassava a casa dos R$ 500 milhões e gerou juros de R$ 87 milhões em 2021, agora será acrescida com esses novos créditos de instituições financeiras. Com o objetivo de "atacar" esses valores, o Atlético concretizou a venda dos outros 49,9% do Diamond Mall à Multiplan por R$ 340 milhões.

"Ao longo do tempo, com essas premissas que não se cumpriram - como a venda do shopping, lá atrás -, a gente precisa fazer alguns empréstimos, com bancos que já são de costume. A gente precisa, o quanto antes, acelerar essa questão do shopping para poder ir quitando esses empréstimos, tirando juros e ir sanando essas questões de Fifa, por exemplo, de agentes, que exercem uma pressão grande na gente. Então, a gente precisa organizar isso o quanto antes", revelou Muzzi.
 
 

O CEO do Atlético também enfatizou a necessidade de que o clube reduza o endividamento nos próximos anos. Muzzi enxerga a transformação para SAF (Sociedade Anônima do Futebol) como um caminho inevitável e vê urgência no processo para o Galo.

"O mais importante é que, no meu ver, a gente precisa ter uma redução de endividamento ao longo desses anos. Talvez, não seja exatamente aquela, mas a gente precisa reverter a trajetória e começar a descer isso. Isso é importantíssimo e precisa acontecer o quanto antes", completou.

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