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Atlético adere à Lei da SAF e dá mais um passo para transformação

Galo abre caminho para seguir passos de rivais América e Cruzeiro e se transformar em SAF (Sociedade Anônima do Futebol); Conselho ainda precisará aprovar

08/09/2022 17:20
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Atlético abre caminho para transformação em SAF (Sociedade Anônima do Futebol)
foto: Divulgação/Atlético

Atlético abre caminho para transformação em SAF (Sociedade Anônima do Futebol)


Em reunião realizada na última quarta-feira (7/9), o Atlético aprovou a adesão à Lei 14.193/21 para se transformar em SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O encontro teve a participação do presidente Sérgio Coelho, do vice-presidente José Murilo Procópio e do órgão colegiado do clube mineiro (4 R's).
 
 

A princípio, o Atlético manterá 100% das cotas da SAF. Uma eventual entrada de um investidor e alienação de parte das cotas só ocorrerão com aprovação do Conselho Deliberativo, em votação.

O Conselho, inclusive, ainda precisa aprovar a decisão do órgão colegiado. O pleito ocorrerá no mês de novembro. Segundo o Atlético, a medida visa "preparar a instituição para eventual entrada de investidor, já que o processo de troca de informações com os mesmos está em andamento".

Atlético caminha para se transformar em SAF


CEO do Atlético e da Arena MRV, Bruno Muzzi detalhou a situação atual da migração para SAF. Internamente, a alta cúpula do Galo trata a mudança com urgência para equilibrar a saúde financeira do clube, que possui dívida superior a R$ 1,1 bilhão.

A princípio, em entrevista ao Superesportes, o CEO destacou que a migração para SAF está sendo "perseguida" pelo Atlético. O clube mineiro tem algo entre 15 e 20 acordos de confidencialidade - que permitem as primeiras trocas de documentos - assinados.

"A SAF é um caminho que está sendo perseguido. (...) Já contactamos diversos investidores mundo afora. Foram mais de 130 investidores contactados. Diversos nem respondem, diversos respondem mas têm seu tempo. (...) Já deu uma peneirada. A gente tem ali entre 15 e 20 acordos de confidencialidade assinados, e empresas avaliando a oportunidade antes de assinar um acordo, mas que deram resposta", afirmou.
 
 

"Estamos com todo dever de casa pronto: já contactamos, temos NDA's (acordos de confidencialidade) assinados, temos trocas de informações. Não tem propostas. Tem conversas evoluindo. Não tem data, não tem tipo de fundo, não tem nada definido. O processo ainda fecha, vai afunilando, e ainda tem muita empresa para nos dar retorno", completou.

Muzzi ainda explicou que não é possível adiantar qualquer tipo de molde da futura negociação, já que cada perfil de investidor tem diferentes interesses nas SAF's. De toda forma, o Atlético espera angariar mais de R$ 1 bilhão com a venda.

"Ainda não tem nenhuma definição de nada da SAF. Que tipo de investidor, percentual de controle (se tem ou se não tem), data e muito menos perímetro da operação: o que entra e o que fica fora. E isso depende de cada investidor, porque tem investidor de futebol (como o Grupo City) e investidores que são fundos (parte de futebol e parte de entretenimento)", diferenciou.
 
 

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