O técnico Cuca "comemorou" o empate entre São Paulo e Atlético na noite desta terça-feira (1/11), no Morumbi, na capital paulista. Em entrevista coletiva concedida após a partida da 35ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, o treinador também explicou a estratégia adotada no segundo tempo.
Com dois gols de Eduardo Vargas, o Atlético buscou um empate importante com o São Paulo no Morumbi, em 2 a 2. O Galo chegou a sofrer uma virada no primeiro tempo. Diante das circunstâncias, Cuca enfatizou: "Não é um resultado ruim".
"Não é um resultado ruim. Nós jogamos para vencer, como sempre, mas devido às circunstâncias do jogo, o empate foi bom. Nós começamos bem o jogo, fizemos o gol e o São Paulo empatou no fim. Você vem para o vestiário com o revés, com uma virada, então eu já não estava contente mesmo com o 1 a 1", afirmou.
"O time do São Paulo, no esquema que joga, é muito difícil você ajustar o seu time e querer ter sobra. Se você tiver sobra, eles vão ter sobra também. Como eles estão adaptados a esse sistema com o Rogério e tem a saída de bola muito trabalhada, de muitos jogos, você tem um desgaste muito grande, como teve no primeiro tempo", analisou.
Cuca reforçou a ideia que, diante das circunstâncias, a igualdade precisa ser "comemorada". Ao se referir ao São Paulo, o treinador paranaense disse: "Tão grande quanto o Galo".
"Teve o empate do adversário. Eles crescem, a torcida cresce. A virada cresce mais ainda. Mas nós tivemos bastante brio para buscar o empate, o que não é fácil. O São Paulo armado para o contra-ataque, com a linha de cinco para defender. A gente foi buscar o empate. Hoje, a gente tem que 'comemorar' (entre aspas) o empate contra um adversário direto, na casa do adversário, que é grande. Tão grande quanto o Galo", disse.
Qual foi a estratégia no segundo tempo?
No intervalo, Cuca promoveu as entradas de Mariano, Réver e Pavón nas vagas de Guga, Alonso e Ademir, respectivamente. O técnico abriu mão de ter uma "sobra" no setor defensivo para pressionar mais a saída de bola dos paulistas e, consequentemente, ganhar mais força ofensiva.
"O que foi a ideia na segunda etapa? Ficar no mano atrás. Não tem outro remédio. Se você quer uma marcação forte e a posse de bola, você tem que se expor - e foi o que a gente fez. Jogamos o nosso jogo, não nos preocupamos com o encaixe do São Paulo e ficamos no mano mesmo", avaliou.
"Jogando no campo do adversário, você precisa tirar a origem da jogada do adversário e, daí, precisa ter uma zaga super veloz. Jogadores que se posicionam bem, como Jemerson e Réver. A gente conseguiu ir jogando o time mais para a frente, tomando conta territorialmente do jogo, até que a gente conseguiu o empate. Foi um resultado justo pelo que foi o jogo", completou.